DIA DO COOPERATIVISMO I: Dia Internacional é celebrado em sessão solene no Senado

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Em sessão aberta pela senadora Serys Slhessarenko, 2ª vice-presidente do Senado, o Congresso realizou sessão solene, na quinta-feira (02/07), para comemorar o 87º Dia Internacional do Cooperativismo e os dez anos de fundação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Os requerimentos para a realização da homenagem são do senador Osmar Dias (PDT-PR) e do deputado Odacir Zonta (PP-SC). Serys afirmou que o Congresso presta uma justa homenagem ao cooperativismo, iniciativa econômica que considera um das mais brilhante do gênero humano, cuja grande virtude, como ressaltou, é seu caráter conciliador e híbrido ao reunir as contribuições dos dois modelos econômicos do século XX - o socialismo e o capitalismo. A senadora lembrou sua participação em debate realizado no Congresso dos Estados Unidos, em março deste ano, como chefe de uma missão de parlamentares brasileiros sobre Mudanças Climáticas, do qual saiu a constatação de que o cooperativismo pode ser um terceiro caminho para a humanidade.

Tributação - O senador Osmar Dias (PDT-PR) fez apelo para que o Congresso aprove projeto de sua autoria, PLS 03/07 que dispõe sobre as sociedades cooperativas, definindo um tratamento tributário diferenciado para essas entidades, o que, em seu entendimento, é necessário para torná-las mais competitivas. Segundo o senador, o projeto, apresentado pela primeira vez em 1999 e reapresentado em 2007, já foi debatido em várias audiências públicas e conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou não entender a demora para votação da matéria e questionou a quem interessaria sua não aprovação. O projeto tramita atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), tendo como relator o senador Renato Casagrande (PSB-ES).

Fortalecimento - "O projeto é para fortalecer as cooperativas e com isso fortalecer o país. Esta lei precisa estar na pauta do Congresso Nacional. A matéria já passou por quatro relatores e cada um diz enfrentar uma dificuldade. Agora, espero que o atual, senador Renato Casagrande, encontre o caminho para a aprovação - afirmou ele, dizendo já ter concordado com alterações na proposta, como a possibilidade de existência de dois órgãos de representação e não um único, como consta de seu texto original", afirmou Osmar Dias, que integra quatro cooperativas em seu estado, destacou ainda o papel do cooperativismo para a superação da crise econômica mundial. "As cooperativas estão sólidas, com uma gestão moderna e com isso conseguirão enfrentar essa crise", disse o senador. Ele observou que a atividade movimenta diretamente 2,4 bilhões de pessoas, comandadas por 800 milhões de sócios em todo o mundo e cerca de 8 milhões no Brasil. No país, o segmento responde por 254 mil empregos diretos, nas mais de sete mil cooperativas existentes.

Modelo - O presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, deputado Odacir Zonta, disse que a sessão solene faz justiça à importância do cooperativismo no desenvolvimento econômico do país. Segundo Zonta, o cooperativismo tem, no Brasil, um modelo de inclusão social, porque o principal capital da cooperativa é a pessoa, é a família. Os desafios são muitos, acrescentou ele, dizendo que, com a força dos associados, especialmente dos jovens e mulheres, está sendo possível avançar para satisfazer as necessidades de todos e de cada um. Ele acredita que o cooperativismo representa um instrumento importante de inclusão e de desenvolvimento, visando a superar o momento de crise que o mundo e o Brasil estão passando.

Trabalho - Para o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), o cooperativismo definiu uma nova maneira de pensar o trabalho, bem como de pensar o relacionamento do homem com o trabalho. Ele representa uma fórmula democrática de superar problemas sócio-econômicos, especialmente em momentos de crise. O senador destacou que, numa cooperativa, há empresas alternativas que estão focadas não no lucro, mas nas pessoas e nas famílias. Elas vivem de sua atividade baseada em modelos éticos e transparentes. Segundo ele, o mundo está reconhecendo o potencial das cooperativas na organização de um novo modelo de desenvolvimento, uma maneira inovadora de fazer negócios, aumentando a produtividade e promovendo o bem-estar das populações. A sessão contou com a presença do presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas; e do vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Luiz Carlos Guedes Pinto. (Agência Senado)

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