DIA DO TRABALHO II: Cooperativas ofertam duas mil vagas

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No setor industrial, as áreas que mais ofertaram vagas no Paraná em março deste ano foram a indústria automobilística e o agronegócio, segundo o diretor-presidente do Ipardes, Gilmar Lourenço. Os fabricantes de automóveis, segundo ele, responderam aos estímulos dados pelo Governo em forma de crédito e à recuperação do mercado internacional. Já o agronegócio incrementou suas contratações em função de dois motivos: o mercado interno aquecido pelo aumento da renda da população e o crescimento da demanda internacional. No entanto, o superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, ressaltou que as agroindústrias enfrentam falta de mão de obra em algumas regiões do Estado.

Déficit - ‘‘As sete cooperativas do Oeste e Sudoeste que industrializam carnes de aves e suínos possuem um déficit de dois mil trabalhadores'', pontuou. A solução, neste caso, tem sido buscar funcionários cada vez mais longe. ‘‘Há trabalhadores que moram a mais de cem quilômetros e passam duas horas no ônibus para chegar ao trabalho'', relatou.

 

Cana de açúcar e grãos - Nas regiões Norte e Noroeste, a dificuldade é encontrar pessoas para fazerem a colheita da cana. Nas terras onde é possível mecanizar o processo, esta tem sido a solução. Outra opção é trazer os cortadores de outras regiões do Brasil, principalmente do Nordeste. ‘‘Também enfrentamos déficit de trabalhadores na colheita da safra de verão, principalmente para descarregar e armazenar os grãos'', disse.   Além do aumento no consumo, o déficit de mão de obra decorre da concorrência com outros setores que também estão aquecidos, como a construção civil. ‘‘A consequência é que os sindicatos passam a exigir reajustes maiores e o custo das empresas aumenta'', analisou.

 

Vagas - O sistema cooperativista oferece, hoje, 63 mil empregos diretos e 1,4 milhão de ocupações indiretas no Paraná. Entre os contratados, 60% trabalham em operações manuais, no chamado ‘‘chão de fábrica'', 20% ocupam funções administrativas de nível médio e o restante está em cargos gerenciais. A exemplo de outros setores, o cooperativismo também investe na capacitação de mão de obra para enfrentar a falta de trabalhadores qualificados. (Folha de Londrina)

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