DIVERSIFICAÇÃO: Bom Jesus vai investir R$ 20 milhões no setor carnes

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A Cooperativa Bom Jesus, com sede no município da Lapa, vai intensificar em 2007 o processo de mudança em sua matriz de negócios. Atividades como a pecuária de corte e a suinocultura ganham espaço na cooperativa, que hoje tem seu foco de atuação voltado principalmente para commodities agrícolas como soja, milho e feijão. O objetivo é gerar alternativas de renda aos cooperados com produtos que ofereçam maior valor agregado. De acordo com o presidente da Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, a cooperativa vai investir nos próximos três anos mais de R$ 20 milhões no setor carnes, a maior parte em infra-estrutura produtiva para suínos. “Os recursos serão aplicados na construção de unidades produtoras de leitões e granjas de matrizes”, explica. Segundo Baggio, a mudança da matriz de negócios foi uma decisão estratégica da cooperativa e foi baseada em estudos de viabilidade e expansão. “O que se busca é fomentar a diversificação no campo e melhorar a rentabilidade do cooperado e da Bom Jesus”, afirma. O trabalho de desenvolvimento das atividades do setor carnes começou em 2006, com a organização da cadeia produtiva para bovinos. “Intensificamos as ações junto aos produtores para ampliar a integração lavoura-pecuária, com a assessoria constante de técnicos da cooperativa. Atualmente, cerca de 40 cooperados estão atuando na bovinocultura e a Bom Jesus garante a comercialização da produção. Pretendemos envolver mais de 200 produtores na atividade”, explica. Os abates acontecem em frigoríficos conveniados.     

Parcerias - Na suinocultura, a cooperativa quer implantar uma infra-estrutura que garanta o fluxo de leitões para as propriedades integradas. “O trabalho de viabilidade vai se intensificar em 2007. Estimamos em três anos contar também com 200 cooperados atuando com suínos”, avalia Baggio. Com a organização da cadeia produtiva para bovinos e suínos, o passo seguinte deverá ser a agroindústria. Segundo o dirigente da Bom Jesus, os projetos para a construção de plantas industriais podem ser realizados em parceria com outras cooperativas. “O entendimento que temos é de interagir com entidades que tenham uma visão de negócios similar, para que possamos atuar com eficiência e competitividade no setor carnes”, conclui. Com três mil cooperados, a Bom Jesus faturou R$ 150 milhões em 2006, uma alta de 3% em relação ao ano anterior. A estiagem e a crise na agropecuária afetaram os resultados. As indicações favoráveis para 2007 deram novo ânimo aos produtores. A expectativa da cooperativa para este ano é de um crescimento de 20%. 

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