DIVERSIFICAÇÃO: Cadeia da maçã é uma das mais complexas de SC

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A defesa da cultura da maçã no Congresso Nacional foi uma das prioridades do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado federal Odacir Zonta (PP/SC), em 2007. Linhas especiais de crédito, introdução da maçã na merenda escolar e políticas oficiais de apoio foram algumas das bandeiras. “A maçã é uma cultura de extraordinária performance social e econômica”, observa o parlamentar. Por ser um fruto delicado e de produção artesanal, exige grande número de operações manuais e, em conseqüência, emprega mão-de-obra intensiva: cada hectare plantado exige 1,5 empregos diretos, o que representa 52.000 trabalhadores nos pomares brasileiros.

Produtores - A maior parte dos produtores é classificada como agricultores familiares. Considerando-se os insumos, as matérias-primas, a produção, a frigorificação, o beneficiamento, a embalagem, a distribuição e a venda, estima-se que toda a cadeia produtiva nacional da maçã sustente 135.000 empregos diretos. O mercado de trabalho da maçã é um dos mais organizados do País. A quase totalidade dos empregados, mesmo safristas, tem carteira assinada e não há notícias de emprego de menores. Todos estão sob proteção de convenção coletiva vigiada pelo Ministério do Trabalho e sindicatos. Na pomicultura convivem estruturas empresariais que se complementam com um grande número de pequenos e médios produtores.

Profissionalização -  O deputado realça que a formação profissional rural é prioridade no setor em face das exigências dos mercados nacional e internacional.  Mesmo que parte das atividades não exija níveis mais elevados de escolaridade, é preciso qualificar podadores, raleadores, colhedores, classificadores, tratoristas, operadores de frigoríficos, mecânicos, além de pessoal técnico (agrônomos e técnicos agrícolas) e administrativo. É grande o esforço de treinamento no serviço e através do Senar, sindicatos e outras instituições. Também são relevantes os investimentos em escolarização e ensino supletivo.
        
Cooperativismo - Para destacar o papel do cooperativismo, Zonta mostra que, na produção, beneficiamento e comercialização da maçã, a Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM) atua de forma integrada com quatro cooperativas formadas por agricultores familiares, mini e pequenos produtores, das quais três estão sediadas em São Joaquim (SC) e uma em Palmas (PR). “As cooperativas elevam as condições de competitividade dos produtores; recebem, beneficiam, estocam e comercializam a produção dos seus associados”.

Comercialização - O presidente da Frencoop lembra que, em função dos altos custos, as estruturas de armazenagens se tornariam inviáveis aos pequenos produtores, individualmente. Por isso, as cooperativas comercializam a produção no mercado nacional e internacional o que seria inviável aos associados individualmente, agregando valor com embalagem e marca própria. E, o mais importante: no preço final pago ao produtor, a diferença média gira em torno de 13% em relação ao não cooperado. Destes 13%, 10% representam dinheiro a mais no bolso do cooperado e 3% são integralizados na conta capital de cada um. Com este aporte de recursos, as cooperativas têm investido em novas instalações, câmaras frias, modernização de equipamentos, etc. Odacir Zonta expõe que, no fornecimento de insumos, o preço médio praticado pelas cooperativas é 7% inferior ao praticado no mercado. Os produtores de maçã são assistidos tecnicamente, com projetos e assessoramento. (MB Comunicação)

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