ECONOMIA I: Novas medidas de combate à crise são positivas, diz Koslovski

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As novas medidas de combate à crise e estímulo ao crescimento, anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta segunda-feira (29/06), foram bem recebidas pelo Sistema Ocepar. "O governo visualizou uma retração da economia maior do que a esperada e tomou medidas positivas, abrangendo vários setores da economia que se interrelacionam", afirma o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski. A redução da TJLP de 6,25% para 6% e a redução das taxas de financiamentos para pessoas físicas que pretendem comprar caminhões foram alguns dos itens destacados por Koslovski como os que afetam mais diretamente o setor cooperativista. "Mas nós ainda gostaríamos que o governo tomasse outras medidas de apoio ao agronegócio como, por exemplo, a criação de um fundo garantidor de crédito específico para os financiamentos do setor, que é um dos mais importantes da economia brasileira e responsável por garantir resultados positivos na balança comercial brasileira", ressalta o presidente da Ocepar.

IPI - O pacote de medidas anunciadas pelo ministro Mantega prevê a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para cerca de 70 itens de bens de capital até 31 de dezembro de 2009. O ministro também anunciou a prorrogação das desonerações para veículos, produtos da linha branca, material de construção, motos, além da redução do custo de empréstimos da União para o BNDES. Para os produtos da linha branca, a redução do IPI foi estendida até 31 de outubro. O IPI reduzido para automóveis valerá até 30 de setembro, com retorno gradual para as alíquotas anteriores em três meses. Para caminhões, o prazo foi prorrogado por mais seis meses, valendo até 31 de dezembro. A prorrogação da desoneração do IPI sobre materiais de construção será de seis meses, até 31 de dezembro de 2009. As motos terão a redução de PIS-COFINS prorrogada por mais seis meses e o trigo, farinha de trigo e pão francês permanecem com a contribuição reduzida até 31 de dezembro de 2010. O total da renúncia fiscal estimada para 2009 com as novas medidas é de R$ 3,342 bilhões.

Caminhões  - O custo do empréstimo da União para o BNDES cairá de 8,75% para 6%. Entre as mudanças anunciadas está a redução das taxas de financiamentos para pessoas físicas para a compra de caminhões. Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, os caminhoneiros poderão financiar os veículos em até 96 meses e a taxa de juros cai de 13,25% para 4,5%. Todas as operações também serão garantidas pelo Fundo Garantidor de Investimento (FGI). Coutinho disse que isso dá segurança para o caminhoneiro contratar o financiamento e reduz o receio de perder o caminhão em caso de inadimplência. Os caminhoneiros também poderão financiar caminhões usados em até 15 anos. O governo também manterá, neste caso, a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 0%. Além disso, se compromete a negociar com os estados a redução do ICMS sobre esses produtos.

 

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