ECONOMIA: Ipea não vê motivos para subir taxa de juros
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A alta esperada na taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 11,25% ao ano), na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, que começa hoje (15/04) e termina amanhã, não é necessária e vai frear o investimento em expansão, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao governo. Estudo divulgado ontem pelos economistas Salvador Werneck Vianna, André de Melo Modenesi e Miguel Bruno conclui que nem a demanda está aquecida demais nem haverá problemas de ofertas que justificariam a alta prevista entre 0,25 e 0,5 ponto percentual. Acredito que a subida dos juros pode estancar o processo de expansão da oferta. Tudo indica que haverá um ciclo de alta, chegando a 12,75% de Selic ao ano, de acordo com as expectativas do mercado. Os empresários, prevendo uma demanda menor para frente, não farão novas ampliações na capacidade - explicou Vianna.
Inflação - Para o economista, a expectativa de inflação está perto da meta (fixada em 4,5% este ano), e o Banco Central tem a obrigação de perseguir a meta, não uma inflação abaixo do alvo. - O momento é de cautela, observar as mudanças e ver que atitude tomar. A mudança esperada é na inflação de alimentos, que acumula alta de 11,2% em um ano. O ideal, segundo Vianna, seria esperar a entrada da safra agrícola, que tem projeções excelentes e ver os reflexos nos preços. A inflação tende a arrefecer com a entrada da safra. (O Globo)