EMPRÉSTIMOS: BNDES libera recorde de R$ 52,28 bilhões em empréstimos em 2006
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) desembolsou R$ 52,28 bilhões em empréstimos no ano passado, o que representa um aumento de 11% sobre 2005 (R$ 47 bilhões). Após iniciar o ano com o pé no freio, o BNDES conseguiu bater seu recorde histórico de desembolsos principalmente devido ao resultado de dezembro, quando foram liberados R$ 10 bilhões. O montante, porém, ficou abaixo do orçamento do banco, que era de R$ 60 bilhões. Segundo o presidente do BNDES, Demian Fiocca, trata-se de um 'teto' e não de uma meta que foi descumprida. Ele também disse que a aceleração em dezembro segue uma trajetória típica de fim do ano. 'Já tínhamos visto essa aceleração em dezembro. Isso é histórico', disse. As aprovações de empréstimos também registraram recorde histórico no ano passado, com uma alta de 36%, para R$ 74,32 bilhões. Por setores, a indústria liderou os empréstimos, com alta de 16% em relação a 2005 nos financiamentos, para R$ 27,192 bilhões. Comércio e Serviços tiveram um incremento de 56% para R% 3,71 bilhões. Por outro lado, o setor de infra-estrutura registrou uma queda de 1% no nível de empréstimos do BNDES, para R$ 16,99 bilhões. A agropecuária, por sua vez, amargou uma queda de 16%, para R$ 3,42 bilhões em razão da crise agrícola dos últimos dois anos. Entre os maiores financiamentos concedidos em 2006 estão: Suzano Bahia Sul (R$ 2,4 bilhões), Telemar (R$ 2,4 bilhões), Brasil Telecom (R$ 2,1 bilhões).
2007 - De acordo com Fiocca, em 2007 o crescimento real dos desembolsos continuará a ser superior ao do PIB (Produto Interno Bruto). Ele disse que o crescimento das aprovações em 2006 já indicam um bom desempenho do banco neste ano. Os setores petroquímico, siderúrgico, papel e celulose e insumos básicos devem continuar a puxar os empréstimos. Só em 2006, os setores químico e petroquímico, alcançaram desembolsos de R$ 2,5 bilhões, o que significa uma elevação de 92% sobre 2005. Fiocca também disse esperar a recuperação dos investimentos em infra-estrutura apesar de admitir que esse setor não deverá ser o 'motor' do crescimento. 'Não diria o motor, mas a expectativa é de aceleração em relação à infra-estrutura', disse. O presidente do banco afirmou ainda que, na reunião do conselho do BNDES em fevereiro, pretende propor que o orçamento do banco não seja mais divulgado. Segundo ele, a divulgação acaba por gerar interpretações de que o banco não cumpre as metas. (Folhaonline)