ETANOL: UE estuda impor nova barreira
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Uma nova barreira pode atrapalhar os planos do Brasil de tornar o etanol uma commodity internacional e se transformar em um dos maiores exportadores do mundo. Em Bruxelas, a União Européia (UE) começa a elaborar uma lei que exigirá que os exportadores de biocombustíveis de todo o mundo certifiquem que seus produtos são sustentáveis em termos ambientais. Sem a certificação, a idéia é que o combustível não seja autorizado a entrar no mercado europeu. Técnicos da Comissão Européia explicam que a barreira não deve ser considerada ilegal, pois será aplicada tanto aos produtores de etanol dos 27 países da Europa quanto aos estrangeiros. "Todos terão de ser certificados", afirmou um técnico europeu ao Estado. A meta da UE é que, até 2020, 10% de sua frota de carros esteja consumindo etanol. O objetivo faz parte dos planos de Bruxelas de redução de emissões de gás. "Não queremos, porém, que nossa meta ocorra graças ao desmatamento ou a problemas ambientais em outras partes do mundo. Não faria sentido", disse o técnico.
Critérios - Para o ex-vice primeiro-ministro da Holanda, Laurens Jan Brinkhorst, a certificação ambiental terá de ser baseada em critérios concretos. "Caso contrário, será acusada de ser um álibi para protecionistas", disse. A UE, no entanto, reconhece que precisará importar o combustível em "quantidades significativas" se não quiser afetar a produção de alimentos no bloco. "Sabemos que teremos de importar o combustível e isso pode ser uma oportunidade para o Brasil", disse Michael Mann, porta-voz para temas agrícolas na União Européia (O Estado de S. Paulo)