EXPEDIÇÃO SAFRA: Técnicos e jornalistas voltam a campo para o balanço da safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Matéria veiculada no caderno Caminhos do Campo do jornal Gazeta do Povo de terça-feira (26/01), informa que a Expedição Safra da Rede Para­naense de Comunicação (RPC) e que conta com o apoio do Sistema Ocepar, volta a campo para fazer o balanço da temporada 2009/10. A partir da próxima segunda-feira (01/02), os técnicos e jornalistas refazem o circuito das principais regiões produtoras do país. A expectativa é confirmar as tendências apontadas no início do ciclo. O clima colaborou e as lavouras têm potencial recorde na soja e podem atingir o segundo melhor resultado da história no milho.

Soja - A considerar a produtividade das primeiras áreas, no Paraná e no Mato Grosso, a oleaginosa tem condições de superar a estimativa inicial da Expedição Safra, de 64,64 milhões de toneladas e ficar entre 65 e 66 milhões de toneladas. O cereal, a depender do desempenho da safra de verão e da aposta na safrinha, que começa a ser plantada, deve render entre 52 e 53 milhões de toneladas, muito próximo da previsão de 52,59 milhões de toneladas (1ª safra com 32,96 milhões e 2ª safra com 19,63 milhões). O desafio é que a produção total brasileira retome o patamar registrado na safra 2007/08, quando país colheu 144 milhões de toneladas.


Equipe - Nesta fase, a sondagem começa pelos dois principais estados produtores, Paraná e Mato Grosso, no Sul e no Centro-Oeste. Juntos, eles plantaram no ciclo atual mais de 45% da área nacional de soja. As duas regiões serão percorridas de maneira simultânea. As equipes, sempre compostas de técnicos e jornalistas, visitam produtores, cooperativas, sindicatos rurais e entidades ou órgãos, públicos e privados, de estatísticas, pesquisa e planejamento agrícola.


Roteiro - Na sequência, ainda em fevereiro e entrando em março, o levantamento conclui os circuitos Sul e Centro-Oeste e avança para o Centro-Norte e Sudeste. Para refazer o roteiro da fase de plantio, no total a Expedição vai a 12 estados, que concentram mais de 80% da produção brasileira de grãos e por isso conferem maior capilaridade à amostragem. Em território nacional, as equipes devem rodar mais de 20 mil quilômetros. Na primeira fase foram 21,4 mil quilômetros de estrada, que se somam aos 2,4 mil quilômetros percorridos pelo Corn Belt (cinturão do milho), a região produtora dos Estados Unidos. Nesta etapa, a Expedição segue ainda para a Argentina e o Paraguai em busca de contrapontos na América do Sul e América do Norte. Fora do Brasil, o objetivo não é estatístico. Assim como ocorreu nos Estados Unidos, em outubro de 2009, os técnicos e jornalistas vão aos países vizinhos acompanhar a colheita e conferir o desempenho da produção em países que têm participação significativa na oferta de grãos.

 

América do Sul se levanta - O clima que ajuda o Brasil também inspira projeções otimistas para os vizinhos. Argentina e Paraguai, que no último verão perderam quase 30 milhões de toneladas de soja e milho para seca, devem colher 76,3 milhões de toneladas, 52% mais que no ano passado. Só a Argentina deve colher neste ano 53 milhões de toneladas de soja e 15 milhões de milho. Os números serão postos à prova nas próximas semanas, quando equipes da Expedição Safra RPC percorrem o cinturão de produção desses dois países. Juntos, Brasil, Argentina e Paraguai serão responsáveis por quase 20% da produção mundial desses dois grãos.

 

Apoio - O apoio técnico à Expedição vem de entidades que representam o produtor e o agronegócio no país. As equipes de campo viajam acompanhadas de técnicos e analistas da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Durante o roteiro, a sondagem tem respaldo das bases dessas instituições, com a integração e participação de federações, sindicatos e cooperativas.

 

Retomada da liderança - Confirmadas as projeções, o Pa­­raná vai recuperar a posição de pri­­meiro no ranking nacional da produ­­ção de grãos, que no último ciclo ficou com o Mato Grosso. A se­­ca no Sul país reduziu em 5,2 mi­­lhões de toneladas o volume de so­­ja e milho das lavouras de verão paranaenses. Na temporada atual, as duas cul­­turas devem superar 20 milhões de toneladas no Paraná e ficar abaixo dessa marca no estado do Centro-Oeste. Os produtores paranaenses cultivaram 4,43 milhões de hectares de soja, área 8% maior, e 1,01 milhão de hectares de milho, um recuo de 24%. A oleaginosa reúne condições de superar 13 milhões de toneladas e estabelecer um recorde absoluto. As lavouras de milho, apesar da área menor, ganham em produtividade e podem render acima de 6,95 milhões de toneladas, o terceiro melhor resultado. A área de safrinha, que no país pode crescer até 150 mil hectares adicionais aos 4,9 milhões cultivados no ano passado, será conhecida no Paraná ao fim do levantamento a campo da Expedição. A área deve aumentar em todas as regiões produtoras, em especial no Paraná (sobre o trigo) e no Mato Grosso, estados que concentram 60% da produção do cereal no inverno.

 

Serviço - Para acompanhar as equipes e ter outras informações sobre a Expedição e a safra brasileira, acesse www.rpc.com.br/expedicaosafra.

Conteúdos Relacionados