Exportações de lácteos têm novo recorde
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As exportações
brasileiras de produtos lácteos bateram novo recorde em 2005, atingindo
US$ 130,1 milhões. Desse total, US$ 60 milhões referem-se a produtos
de cooperativas, o equivalente a 45% do total. As importações
foram de US$ 121,2 milhões, deixando um novo superávit para a
balança de: US$ 8,9 milhões. Os números são da OCB
e da Confederação Brasileira de Lacticínios (CBCL). A atividade
leiteira no Brasil esteve marcada historicamente pelas vultosas importações.
No início do Plano Real, em 1995, os gastos com as compras externas de
produtos lácteos superaram a marca de US$ 600 milhões. Hoje, porém,
a realidade do setor é bem diferente. Pela primeira vez, em 2004, o setor
alcançou superávit na balança comercial de lácteos.
Naquele ano as importações totalizaram US$ 83,9 milhões,
apenas 14% do valor registrado em 1995, enquanto as vendas externas de produtos
lácteos atingiram US$ 95,4 milhões. Como resultado, o setor alcançou
o superávit de 11,5 US$ milhões. Estima-se que 45% dessas exportações
foram realizadas pelas cooperativas.
Serlac Trading - Analisando a balança comercial de lácteos
mensalmente, observa-se que de janeiro a junho o resultado foi predominantemente
deficitário. De julho a dezembro, houve uma clara mudança de tendência
e os superávits mensais foram suficientes para garantir o resultado positivo
no acumulado do ano. Tais dados apontam para um novo cenário, a perspectiva
de o País ser superavitário no comércio internacional de
leite e derivados, com expectativa de geração de novos empregos
e renda. Os números positivos de 2005, apesar do câmbio desfavorável,
são resultado de iniciativas profissionais de algumas empresas de laticínios.
Destaca-se a criação da Serlac Trading S.A, em maio de 2002. Das
cinco indústrias que compõem a Serlac, três são cooperativas
centrais: Itambé, Cooperativa Central de Laticínios do Estado
de São Paulo (CCL) e Cooperativa Central Agroindustrial Ltda. (Confepar).
Direitos antidumping - Outros aspectos de destaque são
a recuperação dos preços internacionais e a aplicação
de direitos antidumping sobre as importações desleais de leite
em pó provenientes da União Européia e Nova Zelândia,
bem como fixação de preço mínimo para o leite em
pó oriundo da Argentina e do Uruguai. Segundo o diretor do departamento
econômico da CBCL, Vicente Nogueira, para que o Brasil consolide sua vocação
inequívoca de país exportador de leite, é indispensável
à prorrogação dessas medidas de defesa comercial.