FEBRE AFTOSA: Cocamar orienta sobre a qualidade do produto
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Começa nesta quarta-feira (01/10) a segunda etapa da campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa, realizada de seis em seis meses, que pretende imunizar 100% dos rebanhos bovino e bubalino. A pecuária do Paraná, Estado recentemente declarado área livre da doença e que ainda aguarda a ratificação por parte da Organização Internacional de Epizootias (OIE), não esqueceu o trauma causado pela suspeita não confirmada da enfermidade em 5 municípios, há pouco mais de um ano, que provocou prejuízos estimados em R$ 600 milhões ao setor. “Orientamos aos pecuaristas que sejam absolutamente rigorosos quanto à vacinação de seus animais”, comentou o coordenador de Pecuária da Cocamar, Clóvis Aparecido Domingues. Ele chama atenção também para a qualidade das vacinas, lembrando que a Cocamar – que deve comercializar 1,8 milhão de doses este ano – mantém esquema especial de refrigeração, entre 2 e 8 graus centígrados, o que mantém o produto em condições ideais para ser aplicado.
Estrutura - Segundo explicou o coordenador, os refrigeradores que armazenam as vacinas, na cooperativa, são dotados de sensores ligados a uma central, através dos quais é possível monitorar a temperatura durante as 24 horas do dia. “Com isso, podemos garantir a qualidade da vacina ao pecuarista”, frisou. O produto está sendo vendido pela Cocamar em todas as suas lojas agropecuárias, espalhadas por dezenas de municípios das regiões Norte e Noroeste do Paraná.
Paraná deve vacinar mais de 10 milhões de cabeças - No esforço para recuperar o status de área livre de febre aftosa, Paraná e Mato Grosso do Sul têm um desafio pela frente: imunizar 100% do rebanho na segunda etapa de vacinação, que começa nesta quarta-feira e segue até o dia 20 em 14 estados e no Distrito Federal. O lançamento da campanha ocorreu nesta terça, em São Sebastião da Amoreira (Região Norte), na Fazenda Cachoeira, uma das sete propriedades paranaenses decretadas foco da doença pelo Ministério da Agricultura. Mais de 50 países ainda mantêm o embargo à carne bovina e suína produzida no Paraná e no Mato Grosso do Sul. André Carioba, proprietário da Cachoeira e presidente da Associação Nacional dos Produtores Bovinos de Corte (ANPBC), avalia que a perda é irrecuperável. “Não houve recuperação econômica e não haverá. São prejuízos consolidados”. A Cachoeira irá vacinar três mil cabeças. As restrições foram impostas em outubro de 2005, quando o governo brasileiro comunicou a doença às organizações internacionais de saúde animal. Para pleitear o certificado de área livre novamente, os dois estados tiveram que sacrificar quase 40 mil animais.
Imunização - Na primeira etapa da campanha, em maio, foram imunizados 97,6% do rebanho no estado, segundo a Secretaria Estadual de Agricultura (Seab). Agora, a meta é atingir 100% dos animais, que somam mais de 10 milhões de cabeças. A vacinação é obrigatória e o produtor tem até 30 de novembro para comprovar a imunização. Ele deve apresentar a nota fiscal da vacina nas unidades veterinárias ou núcleos regionais da secretaria. Quem não vacinar fica sujeito a multa de R$ 76,45 por animal não vacinado. Para atingir a meta, os técnicos fazem um trabalho de conscientização em comunidades indígenas, assentamentos, áreas em litígio e propriedades com pequenos rebanhos próximas à zona urbana onde, historicamente, existe resistência à vacinação. (Com informações da Imprensa Cocamar e Tudo Paraná)