FISCAIS AGROPECUÁRIOS: Greve reduz venda de carnes e atrasa importações

A greve dos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura completou ontem uma semana mas já afeta a exportações e importações do Estado negativamente. No Paraná, onde 70% dos fiscais paralisaram as atividades, a greve já atingiu o agronegócio. No Porto de Paranaguá houve uma redução de 20% a 30% na exportação de carnes como aves, suínos e bovinos, No Aeroporto Internacional Afonso Pena, há 142 processos de importação parados. Os dados são da própria categoria representada pela Associação dos Fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura no Paraná (Affama), que afirma não retornar aos trabalhos até que as reivindicações sejam atendidas e o governo cumpra o acordo firmando com a classe em 2005.

Outras indústrias - Indústrias que não tem relação com a agropecuária como as montadoras de veículos e as indústrias de eletroeletrônicos, também são afetadas. Isto porque importam peças em embalagens de madeira que também precisam passar pela inspeção dos fiscais para evitar que pragas vindas de outros países entrem no Brasil. Estas pragas vêm junto das embalagens, um exemplo é o besouro asiático. Sem o certificado dos fiscais agropecuários a receita Federal não pode autorizar a entrada dos produtos no país.
No Afonso Pena, em São José dos Pinhais, os processos de importação parados envolvem produtos das mais variadas áreas da indústria, como os de peças automotivas, eletrônicas, tratores colheitadeiras, cosméticas, entre outras.

Setores - Outros setores que podem sofrer prejuízos são de rações, sementes, adubos, madeira e bebidas.  Em Foz do Iguaçu, na estação aduaneira, as filas de caminhões que se formam para entrar e sair do País continuam. Entre as principais reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira, a criação da Escola Superior de Fiscalização Federal Agropecuária e a realização de concurso público. O movimento foi iniciado em 18 de junho. (Jornal do Estado)