FÓRUM DO AGRONEGÓCIO I: Evento debate gargalos e políticas para a agropecuária

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As políticas para a agropecuária paranaense, tendências econômicas e programas de investimentos para o setor foram debatidos, na tarde de segunda-feira (18/07), no Fórum do Agronegócio e Varejo. Promovido pelo Sistema Ocepar, o evento reuniu, na sede da entidade, em Curitiba, cerca de 90 dirigentes e profissionais das áreas comercial, financeira e técnica de cooperativas e empresas ligadas ao agronegócio. Entre os temas discutidos, destaque para o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 e as ações do governo estadual para a agricultura. O Fórum foi aberto pelo presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que ressaltou a importância dos debates, focados em temas considerados essenciais para o desenvolvimento da agropecuária do Paraná. "Temos que resolver os gargalos que afetam nossa competitividade. Algumas soluções dependem de atitudes simples, mas que muitas vezes não aconteceram por posicionamentos radicais e sem o foco num objetivo fundamental, que é contribuir para o crescimento econômico e social dos produtores", afirmou. "A verdade é que somos altamente competentes da porteira para dentro, mas para fora da porteira estamos em séria desvantagem, com graves deficiências em infraestrutura. São questões que precisamos resolver com urgência", disse.

Norberto Ortigara - O primeiro palestrante do evento foi o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que falou sobre as ações prioritárias voltadas ao agronegócio paranaense. "Queremos somar esforços com as cooperativas, com o Ministério da Agricultura (Mapa) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), bancos de fomento, sistemas de serviço S, para que possamos trabalhar em conjunto, harmonizar políticas e discutir os problemas de forma clara e objetiva. Somando, poderemos ampliar os resultados", afirmou.

Gestão e renovação - De acordo com Ortigara, as ações da Seab vão se concentrar na melhoria de gestão, reposicionamento dos órgãos de pesquisa e assistência técnica (Iapar e Emater), com renovação do quadro funcional, além do investimento em sanidade e infraestrutura. Segundo o secretário, as estruturas operacionais do Iapar e da Emater, embora qualificadas, precisam ser renovadas. "A média de idade na Emater, por exemplo, é de 54 anos. Vamos abrir novas vagas e fortalecer a pesquisa, para que essas instituições ampliem sua contribuição ao desenvolvimento de nossa agropecuária. Empresa que não se renova, não sobrevive", observou.

Agroquímicos - Como exemplo dos resultados da articulação entre governo estadual e organizações que representam a agropecuária, Ortigara citou as regras do Governo do Paraná para o registro de agroquímicos, que exigem um segundo teste de eficiência agronômica mesmo após a liberação do produto por parte da Anvisa, Ibama e Mapa. "Essa exigência será extinta, pois várias misturas agroquímicas estavam proibidas, e o agricultor, em diversos cultivos, não tinha condições de controlar e combater pragas", explicou. 

Sanidade e sustentabilidade - Ortigara disse que em agosto o Projeto de Lei que cria a Agência de Sanidade do estado será enviado à Assembleia Legislativa. Também no segundo semestre o governo estadual deverá lançar um programa de compensação ambiental. "Quem proteger nascentes, em microbacias com plena regularidade de conservação de solos, vai receber pagamento mensal. O mecanismo de compensação será financiado usando recursos de grandes usuários de energia, como a Copel e a Sanepar", concluiu.

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