FÓRUM DO AGRONEGÓCIO III: Mapa quer construir política agrícola de longo prazo

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está se preparando para reformular a política agrícola brasileira, consultando os representantes do setor agropecuário. "Queremos construir, junto com as lideranças setoriais e institucionais uma agenda estratégica para cada cadeia produtiva e, a partir dela, definir uma política agrícola de longo prazo, que ela seja ajustada a cada ano, de acordo com certos parâmetros, mas que seja previsível, declarada e permita aos produtores e empresários que atuam no setor fazer o seu planejamento e definir como vão buscar a melhor eficiência possível", afirmou o  secretário de Política Agrícola do Mapa, José Carlos Vaz, na tarde desta segunda-feira (18/07), ao participar do Fórum do Agronegócio e do Varejo promovido pelo Sistema Ocepar. 

Redesenho - "As políticas publicas devem representar a vontade da sociedade e definidas a partir de debates. Dessa forma, por orientação do ministro Wagner Rossi, estamos nos colocando à disposição para discutir com a sociedade e agentes do agronegócio a melhor política para o setor", acrescentou Vaz. Ainda de acordo com ele, política agrícola deve ser redesenhada e voltada à contenção da volatilidade de preços e garantia de renda mínima. "Deve ainda ser diferenciada, de acordo com as características de cada região brasileira, atuar de acordo com as expectativas de plantio e comercialização e estar em harmonia com as práticas de mercado e recompensar a eficiência", afirmou.

Plano Safra - Vaz também falou sobre o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2011/12. "É um plano safra pragmático, consistente, com bom volume de recursos e em sintonia com o momento". Entre os principais objetivos do Mapa para o ano agrícola que iniciou no último dia 1º de julho estão: expandir a produção em 5%, passando de 161,5 milhões de toneladas da safra passada para 170 milhões de toneladas; estimular o desenvolvimento sustentável por meio do programa ABC; reforçar o apoio ao médio produtor e reduzir o custo financeiro do produtor. "No geral, nós temos a percepção de que o ano safra vai ser bom para os produtores. Não estamos prevendo muitos problemas climáticos. Uma cadeia ou outra que pode ter maior fragilidade mas, no geral, nós vamos ter mais tecnologia, mais renda, maior produtividade, menor endividamento. Então, o quadro é bom. Para aquelas cadeias que estão em dificuldade, temos um orçamento forte para apoiar a comercialização", afirmou o secretário do Mapa.

Recursos - Ele disse ainda que até maio deste ano havia sido aplicado 86% do total de recursos destinados ao plano safra anterior. "Foi o maior índice atingido até o momento, com 100% dos recursos para custeio absorvidos. O que restou foi das linhas de investimento. Para este ano, acreditamos que  95% dos R$ 107,2 bilhões destinados à agricultura empresarial serão usados", afirmou.

Preço mínimo - Ainda segundo Vaz, o governo está empenhado em garantir os preços mínimos dos produtos agrícolas. "Temos um orçamento robusto para apoiar a comercialização. Não será por falta de dinheiro que o governo vai deixar de garantir o preço mínimo e, se isso ocorrer, será por falta de mecanismos", ressaltou.

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