FÓRUM DOS PRESIDENTES II: Ministro Paulo Bernardo diz que Plano Safra trará novidades
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Durante entrevista ao Informe Paraná Cooperativo, antes de falar a uma platéia composta por presidentes de cooperativas, que participaram do Fórum promovido pelo Sistema Ocepar, nesta segunda-feira (28/05), em Curitiba, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo garantiu que o novo Plano Safra, que deverá ser anunciado nas próximas semanas pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes contemplará o agronegócio com algumas medidas que compensarão as perdas que estão sendo sentidas pelo setor devido aos reflexos das sucessivas quedas do dólar e que atingem principalmente a exportações de produtos agrícolas. “A desoneração que estamos pensando para compensar essas perdas, não estão limitadas apenas a um setor, queremos fazer mudanças para todos os setores. O setor agropecuário que gera emprego intensivo de mão-de-obra será beneficiado. Estamos preparando o Plano Safra, que trará novidades nas áreas de crédito, barateamento da produção de equipamentos, etc. Não posso adiantar muito, porque é uma tarefa do ministro Stephanes e o programa não está pronto ainda”, destacou.
Superávit - Ao falar aos dirigentes o ministro falou que as projeções para este ano indicam um superávit na balança comercial brasileira de aproximadamente US$ 45 bilhões, algo, que segundo Paulo Bernardo “não se via no país há mais de décadas”. Segundo ele, o país deverá exportar em torno de US$ 145 bilhões e importará quase US$ 100 bilhões. O ministro diz que o governo tem consciência de que alguns setores estão visivelmente fragilizados e perdem com o real apreciado como está. Ele citou alguns deste setores: indústria moveleira, calçados, têxtil e o agronegócio. “O Brasil vive uma verdadeira enxurrada da moeda americana, devido a sua economia estável e a perspectiva de que teremos um grau maior de investimentos e a tendência é entrar mais dólar ainda, por isso estamos procurando analisar outras medidas, no campo tributário, campo de crédito que compensem as dificuldades causadas setorialmente”. Paulo Bernardo alertou de que “mudar a política cambial agora, provavelmente sairá muito mais caro para todos e desarrumará o conjunto da economia como um todo”.