FÓRUM DOS PRESIDENTES II: Velloso defende redução mais rápida de juros e desoneração fiscal
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Reduzir com rapidez a taxa de juros e realizar uma desoneração tributária abrangente. Para o economista Raul Velloso, estas são as alternativas mais eficazes para o equilíbrio cambial no país. De acordo com Velloso, nada indica uma mudança em curto prazo nos movimentos do mercado internacional. “Se não ocorrer refluxo na demanda externa, a variação cambial terá vindo para ficar. Nesse momento, não há nenhuma possibilidade de uma depreciação do real frente ao dólar”, explica. “A os setores produtivos terão que se adaptar a esta realidade, buscando formas para ampliar a competitividade”, prossegue. Segundo o economista, para que o câmbio permaneça num patamar equilibrado, num valor próximo a R$ 2, o único caminho é acelerar a queda dos juros. “Há indicações que projetam, para daqui a dois anos, a taxa real a 6% ao ano. O conservadorismo do Banco Central em apressar a diminuição dos juros pode ser atribuído, em parte, ao temor com os gargalos, como a infra-estrutura, e seus reflexos no índice inflacionário”, diz. Hoje, a taxa Selic está em 12,50%.
Negociação complexa - Para Velloso, os setores reagem de forma diferente ao cenário atual da economia. “Se o governo reduzisse seus gastos, teria condições de promover uma desoneração fiscal mais contundente. Para os segmentos afetados negativamente, a reivindicação política é a alternativa para corrigir distorções. Sem dúvida é uma negociação complexa, mas que precisa ser realizada”, afirma. Raul Velloso, Phd em economia pela Yale University, participa nesta segunda-feira (28/05) à tarde do Fórum dos Presidentes, na sede do Sistema Ocepar, e fará uma palestra sobre a conjuntura econômica brasileira.