FÓRUM DOS PRESIDENTES IV: Richa defende articulação política em Brasília e diálogo com o setor

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O candidato Beto Richa garantiu aos dirigentes cooperativistas que, caso vença a disputa eleitoral no Paraná, a relação do governo do Estado com a bancada no Congresso será pró-ativa.  Esta afirmação foi feita durante sua participação no Fórum dos Presidentes, na manhã desta sexta-feira (30/07), em Curitiba, quando o candidato tucano fez referências à sua base de aliados no Congresso Nacional e no Senado e disse que irá trabalhar em conjunto com os parlamentares paranaenses para aumentar o poder de pressão política do estado e assim trazer os investimentos que são necessários para fortalecer a economia paranaense. "Dos 26 estados brasileiros, o  Paraná está entre os nove que diminuíram sua capacidade de investimentos. E isto aconteceu em parte por falta de pressão política. Por isso, quero estar presente em Brasília e exercer o meu papel como governante. Mas pedir recursos apenas não basta, é preciso ter competência para elaborar os projetos necessários e que irão viabilizar a vinda dos recursos", completou Richa.

Cooperativismo - Ao discursar para as lideranças cooperativistas presentes ao evento, Richa disse que sua principal proposta de governo é buscar o entendimento e o diálogo também com os diversos setores econômicos do estado. "Por isso, a importância de estar aqui, conversando com profissionais que vivem a área no dia a dia, e fazem muito e bem feito, tanto que as cooperativas paranaenses são modelos no Brasil e no mundo. Portanto, nada melhor do que ser aliado de quem entende do setor", afirmou.

 

 

Propostas são similares - Na sua opinião, as propostas que recebeu da Ocepar, e que contemplam as principais demandas do setor cooperativista do estado, estão muito similares e até se confundem com as propostas que estão elencadas em seu plano de governo. "E não poderia ser diferente, porque minha equipe técnica é composta por profissionais qualificados, respeitados e que circulam com a maior desenvoltura nas entidades representativas, o que facilita conhecer as demandas do setor cooperativo", comentou.  O candidato citou como exemplos as propostas de infraestrutura, área em que o estado é extremamente carente. "É preciso investir na melhoria da infraestrutura das rodovias, melhorar o aeroporto de São José dos Pinhais e de Maringá, além de implantar novos aeroportos. É preciso também investir no Porto de Paranaguá, o qual  apresenta grandes gargalos, como a necessidade de obras de dragagem. É inaceitável que se pague para embarcar uma carga de 60 mil toneladas e na prática apenas se consiga embarcar 50 mil toneladas. E quem paga a conta desse prejuízo é o produtor", afirmou.

 

Pedágio - Em relação ao pedágio, outro item incluído na proposta da Ocepar,  Richa garantiu que não vai politizar o assunto e nem transformá-lo em bandeira eleitoral. "Vou discutir a questão do ponto de vista técnico e não político, chamando as concessionárias para conversar. Eu sei fazer isso: sei negociar", afirmou. O candidato citou ainda outros pontos que preocupam o setor cooperativo, como o direito constitucional à propriedade urbana e rural, e a imediata reintegração de posse de áreas invadidas. "Este é um tema importante e garanto que no meu governo iremos garantir o cumprimento dos mandados de reintegração de posse, além de trabalhar para que não ocorram invasões a propriedades produtivas", disse.

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Outros temas - O candidato tucano ao governo revelou ainda que seu plano de governo possui projetos voltados para a área de eletrificação, meio ambiente, sanidade animal e vegetal, além da criação da Agência de Desenvolvimento Econômico e de programas visando melhoraria de vida do pequeno do produtor rural. "Tenho vários projetos voltados à família rural, como a construção de centros de convivência. Mas nenhum deles é assistencialista", frisou.

 

Diminuição dos gastos  - De acordo com Richa, também as propostas dos candidatos que concorrem ao Governo do Estado são muito similares, já que abrangem projetos para as áreas de educação, saúde, segurança, entre outras. "A questão é como cada um pretende fazer as coisas acontecerem. Eu vou fazer isso melhorando a gestão e o gasto público, fazendo o melhor gastando menos. Também vou fazer uma gestão competente, tendo ao meu lado profissionais qualificados", respondeu o candidato, lembrando que em sua gestão na prefeitura de Curitiba, conseguiu reduzir em 18% os gastos com custeio.

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Estratégias de governo - As estratégias do candidato tucano para colocar em prática suas metas e planos incluem ainda uma renovação política e, consequentemente, a adoção de um estilo novo de governar, mais democrático e com um foco forte no diálogo. "Queremos ouvir quem mais entende em cada área. O governador não é o dono da verdade. Ele tem que ser um líder, mas não pode ser centralizador e autoritário", afirmou. Segundo Richa, seu plano de governo será muito mais um plano diretor. "Isto é importante para que as ações tenham continuidade nos próximos governos. Não se faz e não se consolida nada num único governo, por isso é importante criar um plano diretor. Governar é como uma corrida de revezamento, tanto que os programas que já existem e que a população aprova será mantido", frisou.

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