FÓRUM FINANCEIRO: 'Estamos arrumando a casa em meio à crise internacional', diz economista

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Na avaliação do mestre em Economia, Robson Gonçalves, hoje o Brasil está indiscutivelmente melhor para enfrentar a crise internacional. Para ele, o conjunto de medidas econômicas tomadas pelo governo federal deve levar o país rumo a um crescimento menos intenso, porém mais firme e contínuo. Gonçalves falou sobre os cenários e desdobramentos da atual crise internacional e os possíveis impactos para o Brasil na tarde da última sexta-feira (25/11), durante o Fórum Financeiro promovido pelo Sistema Ocepar, em Curitiba. “A crise de 2008 foi um susto causado pela especulação nos Estados Unidos. A crise de hoje é consequência de um susto causado pelo desequilíbrio nas contas públicas dos governos de países da Europa. São duas coisas bem diferentes. Por outro lado, a ação do governo federal brasileiro tem sido interessante porque, não só está protegendo o país emergencialmente, apagando incêndio, mas está procurando estruturar o país, do ponto de vista produtivo, para resistir melhor a outras crises. Os próximos anos serão de crescimento moderado, mas que parece ser firme”, disse ele.

 

Arrumando a casa - Gonçalves lembrou que, em 2010, o Brasil atingiu a taxa de crescimento de 7,4%. “Foi um índice excepcional mas atingido em um ano eleitoral e que trouxe alguns problemas, como escassez de mão-de-obra, por exemplo. Esse ano deveremos chegar a 3%  e a 3,5% em 2012. Agora, estamos voltando a um ritmo mais tranquilo de crescimento”, ressaltou. “Atualmente, a forma de conduzir a economia brasileira é muito diferente dos últimos 16 anos. Mas quando eu olho o conjunto de medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal eu vejo uma articulação entre elas. A economia mundial está desacelerando e precisa ser monitorada, mas o governo brasileiro está procurando compensar isso com o dólar um pouco mais alto. O mercado interno também vai crescer menos nos próximos anos, mas apenas para corrigir os excessos dos anos anteriores. Então, se eu pudesse resumir em uma frase, eu diria que nós estamos arrumando a casa em meio a uma crise internacional”, disse.

 

ABC - O Fórum Financeiro foi encerrado com a participação do gerente de mercados de agronegócios do Banco do Brasil, Pablo da Silva Ricoldy, que tratou do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O palestrante falou sobre os fatos que desencadearam o lançamento do ABC, criado para difundir uma nova agricultura sustentável, que reduza o aquecimento global e a liberação de gás carbônico na atmosfera. O programa oferece linhas de financiamento para projetos ligados a plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-florestas, recuperação de áreas degradadas, cultivo de florestas comercia, tratamento de resíduos animais, entre outros. As condições para obtenção do crédito, os itens financiáveis, os recursos disponíveis e o potencial de cada região paranaense, além das ações do BB no programa também foram tratados por Ricoldy.

 

Abertura – O Fórum Financeiro foi aberto pelo superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, e pelo gerente de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop/PR, Gérson José Lauermann. 

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