Fronteira ainda aguarda plano de controle sanitário
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As áreas de fronteira do Paraná aguardam a realização do programa conjunto de controle sanitário para combater a febre aftosa, sugerido no final de 2005 e confirmado em janeiro, em acordo firmado com autoridades do Paraguai. A vacinação conjunta foi suspensa a pedido do governo paraguaio, que alegou não ter recursos para efetivar o programa. “Enquanto isso, o rebanho continua transitando livremente da Argentina e do Paraguai ao Paraná”, dizem técnicos do setor. Há o receio de que novas ocorrências possam surgir antes que o estado possa pedir a retomada do status de livre da doença, com vacinação. Segundo o representante do Ministério da Agricultura no Paraná, Valmir Kovaleski, a reunião agendada para os dias 28 e 29 deste mês sobre o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa deve definir nova linha de atuação sobre as áreas de fronteira. “Não adianta só o Paraguai manter uma ação conjunta. Precisamos de uma participação de todos os países vizinhos”, diz. Segundo ele, do lado brasileiro seria necessário um aumento de 50% no quadro funcional para que todas as metas fossem cumpridas.
Prevenção - Além da vacinação conjunta, outras medidas de prevenção nos municípios localizados na faixa de fronteira foram definidos no plano conjunto. Segundo o chefe regional da Seab em Cascavel, Piotre Laginski, o plano prevê, além da vacinação da totalidade do rebanho, o georreferenciamento e a rastreabilidade de todos os animais. “Seria um controle muito mais rígido”, diz ele. Só na região, 11 municípios seriam atingidos pelo plano de alargamento de fronteira, onde está um rebanho de mais de 100 mil cabeças de gado. No início desta semana, a Seab iniciou a coleta de material para realizar o inquérito soroepidemiológico nas mais de 800 propriedades em áreas consideradas de risco. O inquérito é uma exigência da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) para a retomada do status de livre da doença, com vacinação. (DCI)