GEADA I: Agricultores da região Noroeste estimam que perdas serão grandes

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Em São Jorge do Ivaí, a 50 km de Maringá, onde estão cultivados 26 mil hectares com milho, 80% das lavouras estavam justamente na fase mais suscetível a perdas por frio. A forte geada da madrugada de ontem pode ter causado grandes danos. Conforme informou o gerente da Cocamar, José Claudemir Menegon, a geada atingiu lavouras tanto nas áreas de baixada como cabeceira de lote. A temperatura mínima foi de 0 ºC.   "Ainda não é possível mensurar as perdas, porém sabemos que haverá uma redução considerável na produtividade das lavouras mais novas. O produtor Armando Pauro, que plantou 242 hectares, diz que foi a pior geada dos últimos cinco anos. "As perdas somente poderão ser quantificadas em alguns dias. No ano passado, sua produtividade foi uma das melhores de todos os tempos: 103 sacas por hectare, em média.

Atingiu tudo - Em Floresta, a 30 km de Maringá, o frio foi ainda maior. Os termômetros marcaram -1 ºC, segundo o gerente da Cocamar, Frederico João Altrão. A geada foi considerada de moderada a intensa, atingindo praticamente todas as áreas. Dos 16 mil hectares cultivados com milho safrinha, aproximadamente 30% foram destruídos pela geada - são lavouras mais novas. "Cerca de 50% dos plantios estão na fase intermediária, mas não é possível quantificar as perdas com exatidão. Podemos dizer que apenas 20% dos plantios estão a salvo e devem começar a ser colhidos entre os dias 11 e 15 de julho", comenta Altrão.

 

Perda total - Uma madrugada que o agricultor Carlos Patrício Miranda prefere esquecer. Todos os 193 hectares cultivados por ele foram atingidos pela gelo. "Calculo que nos 48 hectares mais adiantados as perdas tenham sido de 20 a 30%. Já no restante, que está mais atrasado, de 50% pra lá. No total, meu prejuízo deve passar dos R$ 150 mil", lamenta.

 

Mais gelado - Na região de Londrina o frio também foi intenso. Em São Martinho, distrito de Rolândia, os termômetros assinalaram -2 ºC nas baixadas. Uma das lavouras afetadas foi do agricultor José Carlos Bizetto, que cultiva aproximadamente 550 hectares de trigo. "Os plantios mais prejudicados são aqueles em que o trigo está cacheado, porém temos plantios em vários estágios", finaliza. (Imprensa Cocamar)

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