GRÃOS: Heinze pede a criação de mecanismos que protejam produtores

O secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, manifestou apoio às reivindicações apresentadas pelo deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) para adoção de medidas que protejam os triticultores e rizicultores brasileiros contra a concorrência desleal dos produtos importados. O parlamentar gaúcho defendeu nesta terça-feira (27/04), em reunião com Fontelles e o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) para importação dos grãos de 10% para 35% ou a criação de um mecanismo que condicione a compra no exterior a aquisição do que é produzido no Brasil.

Encaminhamento - Receptivos às sugestões do parlamentar, os técnicos da Pasta prometeram discuti-las com o ministro Wagner Rossi para que ele encaminhe o assunto internamente com os demais ministérios que compõem a Câmara de Comércio Exterior - Camex. Heinze argumenta que o governo precisa adotar mecanismos que não deixem os produtores brasileiros a mercê da vontade das indústrias ou moinhos, no caso do trigo. "Os agricultores se dedicam a atividade e na hora da comercialização não tem para quem vender. Com a livre entrada do produto do exterior as empresas optam pela importação e deixam de comprar o cereal nacional", evidencia.

Álcool - Ao criticar a falta de apoio governamental ao setor agrícola, o deputado destaca que nos Estados Unidos o lobby é grande contra o álcool brasileiro. "Para exportar enfrentamos várias barreiras no exterior devido a proteção que os governos dão aos agricultores de lá. Por aqui, além de não termos subsídios, enfrentamos o mercado sem nenhuma proteção", ressalta.

Debate suspenso - Durante o encontro, Porto lembrou que ano passado o então ministro Reinhold Stephanes tentou aumentar a TEC, mas o debate da alteração no âmbito da Camex foi suspenso por divergências entre ministros. Heinze promete mobilizar as principais lideranças dos setores e os congressistas da Bancada do Agronegócio para retomar o tema e convencer o Executivo da necessidade de apoiar os produtores e equilibrar o mercado dos cereais. (Assessoria de Imprensa)