IBGE II: Governo ajuda alta do PIB no 2º trimestre

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O avanço da atividade econômica continuou forte no segundo trimestre ao avançar 1,2% sobre os primeiros três meses do ano, com todos os setores registrando alta na comparação trimestral, mas apenas o consumo do setor público superou o ritmo de crescimento observado entre janeiro e março, quando a economia cresceu a ritmo anualizado de quase 11%. Responsável por quase 21% do Produto Interno Bruto (PIB), as despesas das três esferas do setor público inverteram a tendência de desaceleração iniciada em outubro do ano passado, e subiram 2,1% no segundo trimestre. Foi a maior alta desde os 4,9% verificados no último trimestre de 2008.

Ritmo - Nos três meses entre abril e junho, a economia reduziu pela metade seu ritmo de crescimento em relação aos 2,7% registrados no primeiro trimestre, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho do setor industrial no período funciona como símbolo para o resultado geral da atividade: depois de crescer 4% no primeiro trimestre do ano em comparação com o trimestre imediatamente anterior, nos três meses entre abril e junho de 2010 viu o ritmo de avanço cair a 1,9%.

Setor público - A forte alta do consumo do setor público só foi superada pelo avanço de 2,4% dos investimentos e dos 4,4% registrados pelas importações. O crescimento destas acabou por reduzir o ímpeto do PIB, uma vez que as exportações cresceram muito menos - 1%, no período. Analistas do mercado, que projetam a alta do PIB no ano para patamares entre 7% e 7,5% avaliam que as importações podem "tirar" até dois pontos percentuais - ou seja, o PIB poderia ser até dois dígitos maior em 2010 se o crescimento das exportações fosse maior.

Serviços - O setor de serviços, o mais relevante para a oferta da economia - com peso de 58,9% no PIB - apresentou alta de 1,2% no segundo trimestre, resultado inferior aos 1,8% registrados no primeiro trimestre. As famílias continuaram reduzindo seu ímpeto de consumo, registrando alta de 0,8% entre abril e junho. Para os economistas, o fim previsto da expansão fiscal em março fez muitas famílias anteciparem o consumo de bens como automóveis, eletrodomésticos e móveis para o primeiro trimestre. (Valor Econômico)

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