IMERSÃO: Jornalistas conhecem a cadeia do leite no PR
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Com o objetivo de mostrar a realidade do setor leiteiro e suas perspectivas, 38 profissionais e estudante de jornalismo participaram, na sexta-feira e no sábado (10 e 11/11), do encontro Imersão na Cadeia do Leite, promovido pela Ajap (Associação dos Jornalistas do Agronegócio do Paraná), com apoio dos sistemas Faep, Ocepar, Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, Conseleite (Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite do Paraná e do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. O encontro começou com uma palestra,realizada na sede da Faep, que abordou o tema “O leite no mundo, no Brasil e no Paraná”, proferida pelo veterinário Ronei Volpi, vice-presidente do Conseleite; pela professora Vânia di Addario Guimarães, coordenadora técnica do Conseleite, e Wilson Thiesen, presidente do Conseleite e do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Paraná. Conhecimento e organização - O objetivo principal da viagem de imersão foi de proporcionar o contato dos profissionais e estudante de jornalismo com a realidade do setor, indústria, cooperativas e propriedades rurais. Para isso, a Ajap organizou, com os apoiadores, um roteiro que permitisse, em primeiro lugar, ver como o setor está organizado, o que foi mostrado durante a palestra realizada na sede da Faep. O presidente da Ajap, o jornalista Marcos Tosi, ao abrir o seminário enfatizou que o objetivo dos eventos da associação era propiciar uma oportunidade de aprimoramento profissional aos jornalistas em temas do agronegócio de importância econômica para o Estado. Ronei Volpi, Vânia di Addario Guimarães e Wilson Thiesen, que representam, respectivamente, os produtores, a Universidade Federal do Paraná e as indústrias de Laticínios, demonstraram em suas palestras como o setor se organizou e se fortaleceu através do Conseleite, conselho que levanta as informações, calcula e divulga os preços de referência para o leite no Paraná. Com uma produção de 2,4 bilhões de litros em 2004, o Paraná foi o terceiro maior produtor do Brasil. Num momento em que os consumidores exigem cada vez melhor qualidade no leite, o cenário não é muito otimista. Isso foi visto, na tarde do dia 10 e na manhã de sábado, em Witmarsum e Carambeí, durante conversa franca dos jornalistas com técnicos e produtores. Qualidade, escala de produção, especialização e custo de mão-de-obra são os ingredientes com os quais o produtor pode interagir. Mas, o problema maior são os mercados mundiais, uma novidade recente para o Brasil, sobre os quais os produtores não têm controle. Queijos e indústria - Na tarde de sábado, depois de uma longa entrevista com técnico da cooperativa Witmarsum e a proprietária de uma fazenda, os jornalistas conheceram a indústria de queijos finos da cooperativa, uma alternativa de renda. Hoje, toda de uma linha de onze queijos finos tem colocação garantida no mercado, havendo momentos de falta do produto, explicou o diretor Diethard Pauls. No sábado a comitiva foi a Carambeí, onde conheceram a indústria de laticínios da Batávia, de propriedade de um grupo de cooperativas e da Perdigão. A indústria, que se originou de uma “fabriqueta” de queijo e manteiga montadas por imigrantes holandeses na segunda década do século passado, hoje despacha cerca de 25 carretas de produtos. Uma grande evolução alcançada em noventa anos de atividades dos imigrantes holandeses e seus descendentes integrantes das cooperativas Batavo (Carambeí), Castrolanda (Castro) e Capal (Arapoti). A história desses imigrantes pode ser compreendia através do Museu do Imigrante, montado na comunidade. Cooptur – Também em Carambeí, os jornalistas puderam conhecer um pouco sobre o “Roteiro dos Imigrantes”, organizado pelo Sistema Ocepar/Sescoop-PR e hoje administrado pela primeira cooperativa de turismo do Paraná, a Cooptur. Através de uma conversa informal com os visitantes, o presidente da Cooptur, Dick Carlos de Geus falou sobre a cooperativa, que nasceu diante da necessidade utilizar os potenciais turísticos de diversas regiões do Paraná, onde existem cooperativas de imigrantes, como é o caso de Carambeí (Batavo), Castro (Castrolanda), Arapoti (Capal), Prudentópolis (Camp), Palmeira (Witmarsum) e Guarapuava (Agrária). “Além de promover este lado turístico, o roteiro também é uma forma de agregar valor à atividade do setor, pois a maioria dos produtores, principalmente da região dos campos gerais atua no setor leite”, lembra. O encontro terminou com um almoço no restaurante Krakatoa, de comida indonesiana e que integra o Roteiro dos Imigrantes, pois muitas famílias holandesas vieram da Indonésia, na época colônia da Holanda e se instalaram em Carambeí.
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