IMPOSTO DE RENDA: Reajuste custará R$ 5,7 bilhões

O reajuste de 4,5% na tabela do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) custará R$ 5,730 bilhões ao governo nos próximos quatro anos, de acordo com estimativas divulgadas hoje pela Receita Federal. Uma Medida Provisória (MP) publicada em edição extraordinária do ''Diário Oficial'' da União estabeleceu os novos valores da tabela do IR e das deduções anuais com dependentes e educação, além dos limites máximos para quem preferir fazer a declaração anual simplificada.  Com a publicação da MP, o governo cumpre o acordo feito em dezembro pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com as centrais sindicais para reajuste do salário mínimo e correção da tabela do IR durante o próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir desse ano, todos os salários até R$ 1.313,69 serão isentos do pagamento do IR. O limite era para salários até R$ 1.257,12. Se a tabela do imposto não fosse reajustada, todos os trabalhadores com salário acima desse valor estariam pagando 10% ou 27,5% de IR, dependendo do salário.

Isenção - Com a correção anual negociada pelo governo, em 2010 a faixa de isenção terá subido para R$ 1.499,15 por mês. As deduções por dependentes subirão de R$ 1.516,32 em 2006 para R$ 1.808,28 em 2010 e com educação para R$ 2.830,84 ao final do mandato do presidente Lula. Já quem optar pela declaração simplificada do IR, em que não é necessário comprovar as deduções, poderá abater na declaração desse ano R$ 11.669,72 e, em 2010, terá direito a uma dedução de R$ 13.317,09. (Folhapress)