ÍNDIA INICIA CULTIVO COMERCIAL DE ALGODÃO TRANSGÊNICO

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A Índia, país responsável por um quarto da área mundial plantada com algodão e terceiro maior produtor mundial, iniciará o cultivo comercial de algodão geneticamente modificado resistente a pragas, o algodão Bt, na próxima safra, que começa em outubro deste ano. O Comitê Nacional de Aprovação e Engenharia Genética (GEAC) da Índia permitiu a comercialização das sementes de algodão Bt nas regiões onde foram conduzidos cerca de 500 testes de campo nos últimos três anos. Estima-se que o uso de algodão Bt propicia um lucro extra de cem dólares por acre ao produtor, por conta da diminuição do uso de pesticidas. Esse algodão geneticamente modificado tolerante a pragas também deve apresentar aumento de produtividade e da qualidade do produto final.

Código genético - O algodão Bt é uma planta desenvolvida pela biotecnologia, que carrega em seu código genético o gene da Proteína Cristal de Bacillus thuringiensis, uma bactéria de solo encontrada naturalmente, que tem ação inseticida contra insetos e pragas que atacam as lavouras. Com o uso da biotecnologia Bt, as plantações de algodão ficam protegidas contra a lagarta alabama (curuquerê), a lagarta-da-maçã e a lagarta rosada. O algodão resistente a pragas é a terceira planta geneticamente modificada mais cultivada no mundo. De acordo com dados do ISAAA, o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia, do total de 52 milhões e 600 mil hectares cultivados no mundo com plantas geneticamente modificadas, 6 milhões e 800 mil hectares, ou 13% do total, são ocupados por algodão resistente a pragas. O algodão perde apenas para a soja, responsável por 63% do total, e para o milho, com 19%. Agora, com a liberação pela Índia do cultivo comercial do algodão Bt, essa proporção deve mudar.

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