INDICADORES: Chicago indica que novembro será o melhor momento para soja
- Artigos em destaque na home: Nenhum
A diferença (spread) entre os contratos de julho e novembro para a soja na Bolsa de Chicago (CBOT) bateram ontem (25/06) níveis recordes, 34,25 centavos de dólar por bushel. Historicamente, esse valor é 18 centavos de dólar por bushel, segundo Gonzalo Terracini, da FCStone. Apesar do indicador, que sinaliza que o comprador quer adquirir o produto em novembro em vez de julho, pode estimular a retenção do grão pelo produtor até o final do ano. Atualmente, em torno de 25% (14,7 milhões de toneladas) da safra brasileira de soja (2006/07) estão nas mãos dos produtores, segundo levantamento da Agra-FNP. Ontem, os papéis para julho da soja fecharam em US$ 8,0425/bushel e, os de novembro, US$ 8,3850. Terracini explica que a diferença é, em termos práticos, a "remuneração" para que o produtor carregue a soja até novembro, quando o mercado indica que vai querer adquirir o produto.
Risco - Apesar disso, é arriscado para o agricultor reter o grão até o fim do ano, na avaliação de Anderson Galvão, da consultoria Céleres. "A tendência é que haja estiagem nas lavouras americanas. Se a produção lá, estimada em 74 milhões de toneladas, cair para 70 milhões ou 72 milhões de toneladas, a commodity pode saltar para US$ 9 ou US$ 9,50 por bushel", arrisca Galvão. E, o problema, segundo ele, é que os prêmios no porto (descontos), que normalmente ficam positivos no segundo semestre, podem ficar negativos ou inferiores ao normal com a alta na CBOT, mascarando assim os ganhos de Chicago", diz. (Gazeta Mercantil)