INDÚSTRIA: Aquecem vendas de tratores para agricultura
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Aquecem vendas de tratores para agriculturaO ano de 2006 não vai deixar saudades para a indústria de máquinas agrícolas. Com a crise enfrentada por algumas culturas de 2004 para cá, principalmente a de grãos, os investimentos na compra do trator novo e da colheitadeira mais moderna ficaram para segundo plano. Pelos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de tratores, cultivadores, colheitadeiras e retroescavadeiras somaram 23.956 unidades de janeiro a novembro de 2006, uma alta de 8,9% em relação ao mesmo período de 2005. O resultado foi obtido a partir de um desempenho fraco observado em 2005, o que relativiza o número positivo. "Foi uma recuperação leve, muito aquém dos níveis normais de venda", diz Rogelio Golfarb, presidente da entidade. Cientes de que a safra não seria das melhores, as empresas produziram menos: 43.352 máquinas de janeiro a novembro, para 51.190 nos primeiros onze meses de 2005, redução de 15,3%. A situação não foi melhor no item exportações. De janeiro a novembro, houve queda de 30,4% em número de unidades que saíram do país (20.478, para 29.431 na mesma época, em 2005). Para 2007, as projeções são tímidas. "Apostamos na venda de 29 mil máquinas no mercado interno no próximo ano, com exportações de US$ 12,1 bilhões", diz Golfarb. Incluindo o mês de dezembro, a Anfavea estima que 2006 terminará com a comercialização de 25,5 mil máquinas no Brasil e vendas externas também de US$ 12,1 bilhões. O câmbio pouco convidativo às exportações e a seca na região Sul são os dois maiores vilões dos tratores e colheitadeiras. "O produtor não tem motivos para comprar máquinas novas e o mercado de usados ainda é muito incipiente", diz Cesário Ramalho, vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB). "A crise se estendeu a todas as culturas, com exceção da cana, café e laranja", afirma. (Valor Econômico) |