INFRAESTRUTURA: Fórum Futuro 10 abre diálogo sobre projetos

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As principais lideranças empresariais do estado, reunidas no Fórum Permanente Futuro 10 Paraná, apresentaram nesta segunda-feira (12/04), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e para a bancada paranaense no Congresso uma série de projetos de infraestrutura para destravar a economia paranaense nos próximos anos. Propostas como a construção da terceira pista do aeroporto Afonso Pena, do metrô de Curitiba, obras em ferrovias e rodovias e a revitalização do Porto de Paranaguá são consideradas fundamentais para auxiliar o desenvolvimento do estado nas próximas décadas.

Marco - A reunião - que teve a presença, além do ministro, de 17 deputados e dois senadores - foi considerada por muitos como um marco inédito na integração entre a classe política, o setor produtivo e a sociedade. "Trata-se da forma correta de fazer reivindicações junto ao governo federal, disse o senador Osmar Dias (PDT-PR). "Foi um debate excepcional. É uma iniciativa à altura do que o Paraná precisa", afirmou o ministro Paulo Bernardo. "O Fórum é um trabalho em conjunto que vai se manter como um canal de debate para eleger questões cruciais e prioritárias para o desenvolvimento do estado", disse o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski.

PAC - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dominou boa parte do debate da reunião e também foi alvo de críticas, como as do deputado Abelardo Lupion (DEM), que condenou o baixo volume de execução de obras. Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB), é preciso evitar ser "refém de expectativas" e ter uma visão crítica mesmo em ano eleitoral. Para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, o Paraná precisa de articulação para que efetivamente os projetos saiam do papel.

Resposta - De acordo com o ministro Paulo Bernardo, as propostas apresentadas ontem são legítimas e deverão ser levadas adiante. Mas ele considera que algumas são de difícil execução. "Não adianta só ter dinheiro, tem que ter projetos, licenciamento ambiental, licitações. Em alguns casos, esse processo pode levar um ano e meio, mas pode chegar a dois anos", disse. Ele citou o caso do contorno ferroviário de Curitiba, que esbarra em licenças ambientais. O ministro disse também que é favorável à revisão dos contratos de pedágio do Anel de Integração.

Outros temas - Apesar do tema de infraestrutura dominar a reunião, outros assuntos também ganharam destaque, como a questão dos royalties do pré-sal, da educação e da multa que envolve o Paraná na privatização do Banestado. Criado em dezembro do ano passado por iniciativa da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), o Fórum reúne 15 entidades de classe e dá continuidade a outra iniciativa do grupo, o Futuro 10 Paraná. (Gazeta do Povo)

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