Instituto estuda modo de prever secas e cheias
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Preparar a população para enfrentar grandes secas e enchentes na região amazônica é um dos objetivos do estudo encabeçado por Jochen Schöngart, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Schöngart conta que pesquisas em torno da influência de fatores como a chuva e a inundação no crescimento das árvores despertaram nele a necessidade de elaborar modelos simples que mostrem a relação entre os picos de cheia e seca dos rios da região, a partir da análise de dados oceanográficos e meteorológicos. Na prática, as informações geradas por esses cálculos deverão ser repassadas à população, de modo que seja possível articular planos de emergência, frente à ameaça iminente de grandes cheias e secas. Em quase dois anos de estudos destinados a esse projeto, Schöngart afirma que os resultados parciais do trabalho já permitem que ele faça uma previsão do pulso de inundação (força que acarreta a cheia e na seca dos rios) para esse ano. O ponto central do estudo está no fato de as cheias e secas refletirem a variação de chuvas nas cabeceiras dos rios numa área de aproximadamente 3 milhões de km². De acordo com Schöngart e outros pesquisadores, os oceanos são a fonte controladora dessas chuvas. Se as águas dos oceanos tropicais esquentam ou esfriam, as conseqüências dessas mudanças atingem muitas regiões no mundo de forma diferenciada. (Ministério da Ciência e Tecnologia)