INSUMOS: Revendas reclamam da instabilidade
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A partir de fevereiro, as revendas de insumos agrícolas de Mato Grosso recebem cerca de 15 milhões de sacas de soja como pagamento pelo insumo vendido ao produtor rural do estado. O problema é que fertilizantes, defensivos e sementes foram trocados por soja futura valendo entre US$ 18 e US$ 21 a saca (60 quilos) e, agora, o mesmo produto vale US$ 15. Desse total de 15 milhões de sacas, pelo menos metade não foi fixada na outra ponta com tradings, que praticamente ficaram fora do mercado o ano todo. "Por isso, o setor está dependendo do fator sorte", conta Roberto Motta, presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav).
Oscilação - Depois de terem que destinar muito recurso para margeamento em bolsa na safra 2007/08 - para bancar a oscilação das cotações internacionais da soja - e de verem secar suas principais fontes de financiamento (bancos internacionais) as tradings de soja no Brasil recuaram em cerca de 30% no financiamento da safra 2008/09 no Brasil. Parte desse financiamento ao produtor acabou sendo assumido pelas revendedoras de insumos. "As revendas resolveram assumir o risco porque, historicamente, a inadimplência em troca de insumos é muito pequena. O produtor quando colhe, paga primeiro sua dívida em soja e, depois, vende o que sobrou e paga os débitos em dólar", justifica Motta.
Apreensão - O presidente da Andav explica que a situação é de apreensão, mas que ainda há algum tempo para "torcer" pela recuperação das cotações da soja. Segundo ele, os débitos das revendas com seus fornecedores vencem em abril e, por isso, a fixação dessa soja a preços mais rentáveis tem prazo de quatro meses para acontecer. Ele conta que aumentou um pouco o interesse das tradings em fechar negócio, mas ainda a preços muito baixos. "Há dez dias, quando a soja na Bolsa de Chicago (CBOT), não saía do patamar de US$8 o bushel, eu não acreditava em recuperação. Mas nos últimos dias houve forte recuperação e, acredito que se chegar a US$ 11 (ontem fechou em US$ 9,45) o setor já não perderá mais dinheiro", calcula. Outra alternativa ao setor, segundo ele, são os contratos de opções na BM&F Bovespa. Um consultor da região de Rondonópolis (MT), que preferiu não se identificar, estima que cerca de 60% da soja trocada por insumo não tiveram preços fixados pelas revendas. A situação, segundo ele, pode prejudicar muito a situação financeira dessas empresas. "Tem revenda que travou 2 milhões de sacas a US$ 25 por saca. Agora, vai receber esse volume todo de soja para vender a US$ 16. A situação ficará muito complicada", afirma o consultor. (Gazeta Mercantil)
Oscilação - Depois de terem que destinar muito recurso para margeamento em bolsa na safra 2007/08 - para bancar a oscilação das cotações internacionais da soja - e de verem secar suas principais fontes de financiamento (bancos internacionais) as tradings de soja no Brasil recuaram em cerca de 30% no financiamento da safra 2008/09 no Brasil. Parte desse financiamento ao produtor acabou sendo assumido pelas revendedoras de insumos. "As revendas resolveram assumir o risco porque, historicamente, a inadimplência em troca de insumos é muito pequena. O produtor quando colhe, paga primeiro sua dívida em soja e, depois, vende o que sobrou e paga os débitos em dólar", justifica Motta.
Apreensão - O presidente da Andav explica que a situação é de apreensão, mas que ainda há algum tempo para "torcer" pela recuperação das cotações da soja. Segundo ele, os débitos das revendas com seus fornecedores vencem em abril e, por isso, a fixação dessa soja a preços mais rentáveis tem prazo de quatro meses para acontecer. Ele conta que aumentou um pouco o interesse das tradings em fechar negócio, mas ainda a preços muito baixos. "Há dez dias, quando a soja na Bolsa de Chicago (CBOT), não saía do patamar de US$8 o bushel, eu não acreditava em recuperação. Mas nos últimos dias houve forte recuperação e, acredito que se chegar a US$ 11 (ontem fechou em US$ 9,45) o setor já não perderá mais dinheiro", calcula. Outra alternativa ao setor, segundo ele, são os contratos de opções na BM&F Bovespa. Um consultor da região de Rondonópolis (MT), que preferiu não se identificar, estima que cerca de 60% da soja trocada por insumo não tiveram preços fixados pelas revendas. A situação, segundo ele, pode prejudicar muito a situação financeira dessas empresas. "Tem revenda que travou 2 milhões de sacas a US$ 25 por saca. Agora, vai receber esse volume todo de soja para vender a US$ 16. A situação ficará muito complicada", afirma o consultor. (Gazeta Mercantil)