INVASÕES: Clima de insegurança no campo gera preocupação

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Diante das inúmeras ocupações de propriedades rurais no Estado, hoje cerca de 87 e as recentes ameaças de mais invasões, estão gerando um clima de apreensão no campo. O direito fundamental da propriedade privada vem sendo sistematicamente colocado em risco no Estado, gerando insegurança aos produtores rurais. Os dirigentes cooperativistas estão apreensivos e solicitam medidas efetivas que possam tranqüilizar o campo. A Ocepar está em contato com autoridades pedindo medidas que evitem o agravamento desta situação.
 
Radicalismo - Na opinião do presidente da Castrolanda e diretor da Ocepar, Frans Borg, ações radicais não contribuem para o processo de inclusão social no campo. “O que ocorre hoje é que os participantes destes movimentos estão sendo usados como massa de manobra política. Estas atitudes geram desarmonia e prejudicam os programas legais de reforma agrária”, analisa. “Não é através de ameaças e invasões que se conquista inclusão social. O direito de propriedade está sendo desrespeitado, deixando agricultores à mercê da resposta das autoridades, que é lenta e pouco eficaz”, conclui.

Tensão - Para o presidente da Cooperativa Bom Jesus e diretor da Ocepar, Luiz Roberto Baggio, as ameaças e invasões geram um clima de tensão na agropecuária paranaense. “São ações que não se justificam, são atos contra propriedades produtivas que sequer podem ser enquadradas como áreas passíveis de serem adquiridas para a reforma agrária”, reclama.

Rapidez - De acordo Carlos Murate, presidente da Integrada. “Vivemos num estado de direito onde as leis precisam ser respeitadas. A impunidade tende a gerar um clima de confronto e revolta no campo. Os grupos invasores agem como vândalos e não estão sendo punidos. Eles invadem e destroem e nada acontece. Os cooperados estão muito preocupados com a atual situação de tensão e incerteza”, afirma. “Estamos indignados com a utilização política das invasões. É algo inaceitável”, reclama o dirigente. 

Nova ameaça - A mais recente ameaça e que desrespeita não só o direito à propriedade como também o poder de autoridade, é a mobilização de mais de 300 pessoas, integrantes da chamada Via Campesina, que está acampada em frente a Fazenda Santa Rita, em Santo Antônio da Platina, no Norte Velho e que pertence ao deputado federal, Abelardo Lupion, que é presidente da Comissão de Agricultura da Câmara Federal. O deputado Abelardo Lupion, que está na sede da fazenda com sua família se diz indignado com tal situação e quer que medidas sejam tomadas pelas autoridades para que se restabeleça a tranqüilidade.

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