Japão pode financiar biocombustíveis

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, recebeu ontem a visita do diretor do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC), Koichi Yajima, para discutir um empréstimo de US$ 600 milhões destinado a desenvolver a pesquisa e a produção de combustíveis alternativos no Brasil. Os recursos, metade do banco de investimentos do governo japonês e metade do BNDES, também devem auxiliar na consolidação do Pólo Nacional de Biocombustível, com sede em Piracicaba. O diretor do JBIC veio ao Brasil para retomar as negociações iniciadas pelo ministro Rodrigues quando esteve no Japão, no fim de maio, para explicar as pesquisas com biocombustíveis a autoridades locais. Em setembro, uma comitiva composta por membros do JBIC e a direção da Organização para o Desenvolvimento de Novas Energias e Tecnologia Industrial (NEDO) visitarão o Pólo de Biocombustível para fechar os detalhes do empréstimo.

Prioridades - O desenvolvimento da produção de biodiesel será prioridade na aplicação dos recursos. O etanol, tecnologia já consolidada no país, terá uma parte dos investimentos. “Mas, além disso, é necessário discutir com o Japão a questão de preço e de logística de transporte e armazenagem do produto”, diz o ministro. Rodrigues lembra que o Japão autorizou, em março deste ano, a adição de até 3% de biocombustível à gasolina, o que pode representar uma demanda de 10 bilhões de litros de álcool por ano no mercado japonês. Para atendê-la, o Brasil precisaria aumentar em pelo menos 2 milhões de hectares a área de plantio de cana-de-açúcar. Nos próximos dias, o Ministério da Agricultura deve assinar um convênio com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), para destinar R$ 150 mil ao pólo de biocombustíveis.

Conteúdos Relacionados