LARANJA: Cocamar implanta rastreabilidade em pomares

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Com planos de exportar laranja in natura, a Cocamar inicia neste ano os primeiros embarques da fruta para o mercado europeu. Por enquanto, a quantidade é pequena - cerca de 300 toneladas - mas a idéia é ir conquistando mercado aos poucos, já que nos próximos quatro anos a produção dos pomares regionais atingirá 7 milhões de caixas, o dobro da atual. Para atender as exigências do mercado europeu, que desde o ano passado só aceita frutas com selo de origem comprovada, a cooperativa está adotando o processo de rastreabilidade dos laranjais. A partir de agora, a produção de laranja, seja para suco ou consumo in natura, deverá obedecer a parâmetros técnicos pré-estabelecidos pela Produção Integrada de Citros (PIC).
 
Caderneta - Para isso, a Cocamar está implantando a caderneta de campo, onde o produtor terá que anotar todos as informações referentes ao cultivo de cada talhão de pomar. Na prática, a caderneta é uma espécie de "diário do pomar", devendo conter as datas e todos os tipos de adubos e defensivos utilizados no manejo e tratos culturais. Na caderneta de campo é preciso identificar o talhão, número de plantas, área cultivada, data de plantio, variedade, porta-enxerto e espaçamento. Também é necessário informar dados sobre amostragem de solo; tipo, quantidade e forma de aplicação do corretivo; tipos e doses de adubos aplicados, tratos fitossanitários, data da colheita e quantidade de quilos produzidos por planta.
 

Qualidade - Seguir o conjunto de normas da PIC permite que o produtor utilize um selo de qualidade para o seu produto. "Este selo de qualidade garante a rastreabilidade do sistema de produção, facilitando a exportação, o comércio nacional, e uma maior aceitação destes frutos por parte do consumidor", explica o agrônomo Luiz Sérgio Amadeu Jr, responsável pelo setor de citros nas unidades de Paraíso do Norte, Tapira, Cruzeiro do Oeste e Japurá. A maioria dos citricultores já recebeu a caderneta e, segundo o agrônomo, está fazendo a sua parte, anotando tudo. "Mesmo quem demonstrou um pouco de resistência no início, já entendeu que a medida é necessária e boa para todo o setor", conta Amadeu Jr. O cooperado Osmair Luiz Biazotto, que cultiva 4,8 mil pés de laranja em Paraíso do Norte, diz que as anotações já fazem parte de sua rotina e que não anda mais no pomar sem uma prancheta. "Para facilitar, anoto tudo num rascunho e à, noite, passo a limpo na caderneta", ensina.  

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