LEITE II: Preços ignoram efeito da seca
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Os 40 dias de falta de chuva que ocorreram entre agosto e setembro tiveram pouco reflexo sobre as cotações do leite Brasil afora, que se mantêm estáveis e frustram as expectativas dos produtores. O mercado reagiu mais aos índices que demonstram aumento na oferta na comparação entre os oito primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2009 do que aos problemas nas pastagens. Os dados mais recentes sobre a captação de leite pelas indústrias mostram alta de 2,4% (de julho para agosto) e de 5,5% (junho para julho). O índice é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).
Paraná - O Paraná é um dos estados que mais vêm alimentando esse quadro. O índice mais recente considera queda de 2% em São Paulo e de 0,4% em Minas Gerais durante o mês de agosto. Porém, no Paraná e no Rio Grande do Sul, foi verificado crescimento (de 4,9% e 4,8%, respectivamente), mesmo com os preços da ração em alta. Considerando esses quatro estados mais Santa Catarina, Goiás e Bahia, os preços do leite ao produtor estão em R$ 0,69 o litro. A cotação repete o quadro do mês passado e está 6,8% abaixo da praticada um ano atrás.
Média - O preço atual reflete a média das cotações que vêm sendo praticadas desde janeiro, as menores desde 2006. No Paraná, avaliação do Conseleite para setembro identifica aumento de 2 centavos por litro, para R$ 0,60/l. O conselho calcula que o leite acima do padrão alcança a R$ 0,69. Em regiões como os Campos Gerais, os produtores concentram a produção no inverno, sem sobressaltos quando o período frio passa. (Gazeta do Povo)