Livro de Francisco Turra analisa agronegócio
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O Brasil tem espaço especialmente para produzir mais alimentos. A afirmação é do ex ministro e deputado federal Francisco Turra (PP/RS), ao lançar o livro Agrocenários: Desafios e Oportunidades. Os dados apontando essa situação estão contidos na obra, em co-autoria com o economista Eduardo Starosta, assessor do parlamentar no Congresso, e lançada nesta sexta-feira, 17, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. “O livro aponta perspectivas do que vai ocorrer em termos de consumo por alimentos até 2025, e o provável posicionamento do Brasil nesse mercado”, acrescentou Starosta, ao lembrar o grande número de informações novas levantadas a partir de dados divulgados pela FAO, em 2003. “O lançamento na Expodireto é importantíssimo e motivo de orgulho para a Cotrijal, especialmente por ter sido elaborado por Turra, uma liderança tão significativa para o agronegócio nacional”, elogiou o presidente da cooperativa, Nei César Mânica.
Crescimento lento - Na publicação, os autores indicam que a produção mundial de cereais deverá avançar lentamente nos próximos anos, abaixo da média do crescimento demográfico global. A disponibilidade média por habitante desse grupo de produtos tende a cair 8,6%, até 2025. “Apesar de tênue, esse indicador o processo de mudança na estrutura da dieta média da humanidade”, lembrou Turra, que foi ministro da Agricultura no Governo Fernando Henrique Cardoso. “A produção de grãos deve sustentar um crescimento médio anual da ordem de 1,4%, nas próximas duas décadas, enquanto o consumo per capita, direto ou indireto tende a se expandir em torno de 15% até 2025. Ou seja, pouco mais de 65 g adicionais por pessoa que, para fins mais palpáveis, pode ser comparado a uma colher e meia de arroz”, comentou Starosta.
O futuro do agronegócio - A obra analisa 102 produtos que figuram no topo do ranking global no que se refere ao consumo em ritmo de crescimento da demanda no Brasil. Dos produtos selecionados, nosso país é responsável pelo abastecimento de mais de 5% das importações globais em nove mercadorias. Igual número se aplica à faixa entre 1% e 5%, restando a maioria dos 84 segmentos produtivos (82% do total) nos quais a participação brasileira é inferior a 1%. “Os números deixam claro que apesar de todo o potencial, a competitividade brasileira no agronegócio é restrita a um pequeno número de exemplos de sucesso que não são suficientes para garantir a perspectiva de hegemonia no longo prazo“, concluiu Turra.