MAPA: Assinado protocolo de criação de \"consórcio\" de agroenergia
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou no dia 26 último o protocolo de criação de um mecanismo, similar a um consórcio, na área de agroenergia com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Mapa pretende estimular a produção de energia a partir da agricultura, tendo em vista o potencial mercado alternativo às fontes energéticas não renováveis como o petróleo. A iniciativa, que integra a política nacional de agroenergia, apresentada pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, há cerca de dez dias, conta com o apoio de outros ministérios, organismos internacionais como a ONU, instituições financeiras como o BNDES e Banco do Brasil, universidades, centros de pesquisa e a iniciativa privada. A proposta é formar uma parceria público-privada para que o Brasil se torne referência mundial em tecnologias agroenergéticas.
OCB - O presidente do Sistema a OCB, Márcio Lopes de Freitas, entende que muitas cooperativas estão aptas à transformação e negociação necessárias ao atendimento das novas demandas de agroenergia. Ele lembra que há cooperativas voltadas para a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, nos ramos de trabalho, de infra-estrutura – muitas geradoras de energia elétrica, além daquelas que atuam na área de logística. “A OCB poderá participar, a partir de cada ramo de aptidão das cooperativas, para compor esse novo mecanismo de interação público-privado”, disse Freitas, no momento da apresentação da política nacional de energia, no Mapa.
OCEPE - Em Pernambuco, de cinco a oito municípios poderão integrar o “consórcio”, com a participação das cooperativas que desenvolvem pesquisas tecnológicas em áreas rurais. De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Pernambuco, Malaquias Ancelmo de Oliveira, no estado existem cooperativas que atendem o perfil de produção energética e que nos próximos meses deverão aprimorar as pesquisas. “Vamos elaborar projetos para captar recursos federais e que tornem a produção energética viável”, disse Malaquias Ancelmo. Nesse estado, existem 12 cooperativas de eletrificação rural e cerca de 75 mil associados, principalmente agricultores. Uma outra forma de produção agroenergética em Pernambuco pode ser obtida dos derivados de leguminosas e da mamona, principal cultivo no município de Pesqueira, cujo plantio chega a ocupar uma área de seis hectares. “Temos chances de abrir uma oportunidade de negócio, onde os principais beneficiados serão os comerciantes locais”, explica o presidente da Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural, Jurandir Araújo.