MATAS CILIARES: Mudas fornecidas pela Cocamar e IAP recompõe vegetação
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Mudas de árvores nativas começam a ajudar a recuperar áreas de mata ciliar degradadas na região noroeste do Paraná. Os agricultores recebem as plantas da Cocamar e do Instituto Ambiental do Estado. Perto das árvores que resistiram ao desmatamento ainda é uma pequena muda, mas a plantinha é a grande esperança das matas e rios e será no futuro a proteção contra o assoreamento. Mas isso só foi possível por causa de um projeto que é, ao mesmo tempo, ambiental e social. As mudas foram produzidas por alunos com deficiência, da APAE Rural, e também por presos da Penitenciária Estadual de Maringá. É o resultado de uma parceria entre a Cocamar e o Instituto Ambiental do Paraná. “Nosso objetivo até o final de 2006 é produzir e entregar aos produtores 500 mil mudas, número que nós atingiremos com facilidade”, afirma o assessor ambiental da Cocamar, Osvaldo Danhoni. As mudas são distribuídas de graça para os produtores. Eles só precisam buscar nos viveiros principais e se comprometerem a fazer o plantio em áreas próximas aos rios, recuperando a chamada mata ciliar, hoje um dos maiores problemas ambientais do Paraná.
Noroeste - “Em torno de 60% da mata ciliar está prejudicada em todo o Paraná. A região mais prejudicada é a região noroeste”, revela o técnico do Instituto Ambiental do Estado Lourival Sanches. Paiçandu foi um dos primeiros municípios onde o plantio começou e não faltam mudas. “Devem ser de 80 a 100 os produtores que vão receber essas mudas”, diz o secretário municipal do Meio Ambiente Heriveldo de Oliveira. Em Floraí, dez mil mudas de aroeiras, cedro, tamanqueira e jangada vão ser entregues até o fim do ano. “Nós acreditamos que pelo menos 50% das propriedades têm mata ciliar hoje, ou plantada ou, pelo menos, deixando dentro da margem dos 30 metros”, afirma o técnico da Emater Jorge Luiz Valêncio. O agricultor Jarbas Regatieri ganhou 300 arvorezinhas. “Isso é muito importante para defender as águas para que as enxurradas das lavouras não caiam no rio”, diz. (Imprensa Cocamar)