MEIO AMBIENTE: Começa a terceira cúpula entre Brasil e UE

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A terceira reunião de cúpula entre a União Europeia (UE) e o Brasil começa nesta terça-feira (06/10), em Estocolmo, com os olhos voltados para as difíceis negociações de um compromisso planetário contra a mudança climática, a dois meses da Conferência de Copenhague. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou na noite desta segunda-feira (05/10) a Estocolmo após uma visita de dois dias à Bélgica, será recebido pelo primeiro-ministro sueco e presidente semestral da UE, Fredrik Reinfeldt, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Cúpula - A cúpula, terceira desde que a União Europeia e o Brasil estabeleceram a associação estratégica em 2007, tentará dar impulso às negociações internacionais sobre as mudanças climáticas para um ambicioso acordo na Conferência de Copenhague, sem deixar de lado a crise econômica mundial e as relações bilaterais. Enquanto as delegações internacionais estão reunidas em Bagcoc na esperança de avançar nas discussões sobre a Cúpula de Copenhague, a UE tentará convencer a locomotiva norte-americana a dar exemplo em seu continente.

Brasil - "O Brasil é um dos principais atores nas negociações sobre o clima e seria muito importante se servisse de exemplo para os demais países da América Latina", destacou nesta segunda-feira Reinfeldt, desejando que o país fixe o mais rapidamente possível "suas metas de redução das emissões de dióxido de carbono". Lula prometeu nesta segunda-feira, em Bruxelas, que seu país, considerado o quarto maior emissor de gases causadores do efeito estufa do mundo, principalmente devido ao desmatamento da Amazônia, apresentará suas próprias metas de redução de emissões em Copenhague.

Liderança - "Assumimos uma posição de liderança com a qual poderemos exigir de todos, e particularmente dos países mais ricos, metas de redução mais claras e ambiciosas", afirmou o presidente, que viaja acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do ministro da Indústria, Miguel Jorge. A Cúpula Brasil-UE vai ainda avaliar a crise econômica mundial e defender uma conclusão rápida da Rodada de Doha para a liberalização mundial do comércio e das negociações comerciais entre Bruxelas e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).

Relações bilaterais - As relações bilaterais também centrarão a reunião em Estocolmo e, em especial, a próxima aprovação de um acordo pelo qual os brasileiros vão pedir visto de curta duração para entrar em qualquer um dos Estados da UE e vice-versa. Paralelamente à Cúpula, Lula e Reinfeldt vão se reunir e, depois, participar de um congresso organizado por empresários brasileiros, europeus e suecos. (Redação com agências internacionais - Agência IN)

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