MEIO AMBIENTE: Diálogo com o setor produtivo terá continuidade, afirma Everton de Souza

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O novo secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Everton de Souza, afirmou, na tarde desta quinta-feira (29/04), que irá manter o canal de comunicação aberto com o setor produtivo desde quando era diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT). “Eu me lembro que nós começamos um diálogo em 2019, quando eu assumi o Instituto Água e Terra, e muitos que estão aqui hoje também acompanharam aquela reunião. Mesmo durante a pandemia, trabalhamos bastante em conjunto e tivemos vários encontros, em que tratamos de temas tão caros, como a outorga da água, até mesmo regional e localmente”, afirmou. “Nós vamos dar continuidade a toda essa integração que temos tido nos últimos 40 meses. Podem contar comigo”, frisou, ao participar do Fórum do Meio Ambiente, promovido pelo Sistema Ocepar, no auditório da entidade, em Curitiba.

Prioridades do cooperativismo - Antes de se reunir com os profissionais das cooperativas presentes no evento, Souza recebeu, das mãos do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, um documento com as prioridades do cooperativismo paranaense na área ambiental. “O Everton, além de ser um grande profissional, conhece profundamente o assunto é uma pessoa aberta ao diálogo”, frisou Ricken. “Acredito que estamos num momento bom para encaminhar algumas questões que ainda precisam avançar. Vamos discutir aquilo que é necessário, de uma forma aberta, tranquila, sem nenhuma dificuldade e buscar a melhor solução. É esse o nosso propósito”, acrescentou.

Soma de forças - Souza afirmou que a soma de forças é fundamental para a superação de diversos desafios. “Os processos de gestão ambiental e de recursos hídricos, que caminham juntos, vão exigir de todos nós uma constante solução. É inegável que estávamos acostumados a algumas situações até climáticas, mas percebemos nos últimos anos a quantidade de desafios que a natureza está nos impondo. Isso vai continuar acontecendo e temos que estar preparados para poder vencê-los”, disse. “É com muita tristeza que vemos as perdas que tivemos nesses últimos meses [no setor agropecuário] e precisamos ter esse objetivo de trabalharmos em parceria para que possamos realmente minimizar esses impactos, tendo em vista que eu entendo que esses problemas vão se repetir, infelizmente”, salientou. “Eu estou no Estado há alguns anos e nunca vi um ambiente tão favorável de aproximação entre os gestores públicos com as entidades do setor produtivo”, sublinhou.

Questões importantes - O secretário destacou ainda dois pontos que considera importantes para que a Sedest possa prestar atendimento às demandas apresentadas pelo setor produtivo e sociedade paranaense. Um deles está relacionado ao incremento do quadro de funcionários que, segundo ele, foi bastante reduzido nos últimos tempos porque muitos profissionais experientes se aposentaram e houve ainda a reforma administrativa, que provocou um enxugamento na pasta. “Ao assumir a Sedest, o governador Ratinho Junior perguntou o que nós pretendíamos fazer na secretaria para mudar esse panorama, que tem trazido tanta ansiedade para o setor produtivo. Eu disse a ele que, primeiro, nós precisamos de gente. De um modo geral, a ideia que se passa da máquina pública é que ela está inchada, mas no meio ambiente não é assim”, afirmou Souza. Nesse sentido, ele destacou que o governador tem apoiado várias iniciativas, como a realização de Processo Seletivo Simplificado, antes utilizado apenas pelas secretarias de Educação e Saúde, para a contratação temporária de profissionais para a Sedest por, pelo menos, dois anos. Recentemente, o governo também convocou 112 profissionais aprovados em concurso público.

Transformação digital - A transformação digital foi o outro item apontado por Souza como foco de investimento da Sedest. “Hoje em dia, ninguém mais admite resolver os problemas sem o uso de tecnologias. A transformação digital é necessária para que possamos solucionar as questões rapidamente, com segurança e transparência”, ressaltou. Entre as fontes de recursos, há uma verba no valor de US$ 26 milhões, oriunda do Banco Mundial, que deverá ser aprovada ainda este ano pelo Senado Federal, para ser destinada especialmente ao IAT. “Nós estamos falando em cerca de R$ 130 milhões, que deverão ser utilizados no desenvolvimento de aplicativos, funcionalidades e em sistemas robustos que deem as respostas que a sociedade paranaense, os nossos técnicos e vocês precisam”, disse.

IAT - O novo diretor-presidente do IAT, José Volnei Bisognin, participou do Fórum de Meio Ambiente, juntamente com Souza. Vinculado à Sedest, o IAT é a denominação atual do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que, em dezembro de 2019, incorporou o Instituto de Terras, Cartografia e Geologia (ITCG) e o Instituto das Águas do Paraná (Águas Paraná), por determinação do governador Ratinho Junior. O Instituto Água e Terra tem como missão proteger, preservar, conservar, controlar e recuperar o patrimônio ambiental paranaense. “Nós conhecemos bem os problemas que vocês estão nos apresentando. Estamos à disposição para buscar as soluções em conjunto. Queremos fazer o melhor para o setor produtivo e para todo o Estado do Paraná. Contem conosco”, afirmou Bisognin no Fórum promovido pelo Sistema Ocepar nesta quinta-feira.

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