MEIO AMBIENTE: Micheletto repudia suposta campanha de ambientalistas

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"Trata-se de um movimento agressivo, difamatório, nojento, sem escrúpulos e de caráter eleitoreiro". Esta declaração é do presidente da Comissão Especial para Reforma do Código Florestal, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), ao comentar a campanha da Organização Não Governamental (ONG) Fundação SOS Mata Atlântica, "Exterminadores do Futuro", lançada na manhã desta quarta-feira (10/03), em Brasília, para identificar os políticos que não estão comprometidos com a legislação ambiental brasileira, segundo concepção dos ativistas desta organização ambientalista.

 

Grave - "É grave o que aconteceu hoje e essa Casa deve tomar providências para evitar que campanhas como essa venham denegrir a imagem dos parlamentares que lutam pelo fortalecimento da agricultura e da pecuária e que defendem os que produzem aqui no Brasil. Este Parlamento não vai ficar de cócoras para essas organizações que defendem não a agricultura brasileira, mas a européia e a americana. Precisamos apurar de onde vem o dinheiro que financia essas organizações que vêm à nossa Casa lançar uma campanha que é uma verdadeira declaração de guerra contra todos nós", criticou Micheletto.

 

Interesses escusos - Revoltado, Micheletto disse que não hesita em revelar que essa campanha é uma iniciativa que vem defender interesses escusos e veladamente contra o crescimento desse setor da economia, pois não é à toa que ela é lançada no momento em que a imprensa noticia que o Brasil ultrapassou o Canadá e se tornou o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, depois de deixar para trás Austrália e China. Atualmente, segundo ele, apenas Estados Unidos e União Européia vendem mais alimentos no planeta que os agricultores e pecuaristas brasileiros.

 

Intimidação - Segundo o deputado, é lamentável que essas agressões tentem intimidar o setor responsável por 42% das exportações, 37% dos empregos, 26% do PIB, pelo saldo positivo da balança comercial e pelo equilíbrio da inflação, como mostram os preços dos alimentos colocados à mesa do consumidor brasileiro, além de uma safra positiva de 144 milhões de t de grãos colhidas este ano. "Como esses dados assustam nossos concorrentes, essas figuras estão agora a defender interesses alienígenas. Como se vê, somos exterminadores, sim, mas exterminadores da fome que grassa por esse mundo afora".

 

Audiências públicas - Micheletto informou que a Comissão Especial para a reforma do Código Florestal Brasileiro já promoveu cerca de 30 audiências públicas em todos os biomas com o objetivo de colher propostas e discutir com os segmentos interessados uma nova legislação ambiental para o Brasil, uma legislação moderna que venha ao encontro dos avanços do agronegócio brasileiro.  "É estranho que esses defensores do meio ambiente não tenham apresentado sugestões nem participado desses encontros. O deputado Zequinha Sarney, por exemplo, não participou da audiência pública promovida em Imperatriz (MA). Não entendi o comportamento dele", denunciou.

 

Críticas - Parlamentares integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara Federal criticaram na sessão desta quinta-feira (11/03) a iniciativa da bancada ambientalista de lançar essa campanha difamatória intitulada "Exterminadores do Futuro". O recém-empossado presidente da Comissão, Abelardo Lupion (DEM/PR), criticou a iniciativa e disse que a bancada do agronegócio poderá denunciar os parlamentares envolvidos no Conselho de Ética da Câmara. Parlamentares de diferentes partidos, e que integram a Comissão de Agricultura, ficaram surpresos ao saber do lançamento da campanha e manifestaram apoio ao setor agrícola e ao debate estabelecido no Congresso Nacional sobre o meio ambiente. (Assessoria de Imprensa)

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