MERCADO II: Medo da estiagem faz milho subir 17,5% na BMeF

Assim como nos Estados Unidos, o clima foi o principal responsável pelo desempenho dos preços das commodities agrícolas na BM&FBovespa. O mercado, no entanto, teve dois momentos bem determinados: a expectativa de uma estiagem prolongada, resultado da transição do El Niño para a La Niña, e o início efetivo da temporada de chuvas, que foi registrado a partir da segunda metade do mês passado.

Mais influenciado - Na bolsa brasileira, o milho foi o produto que mais foi influenciado pelo mercado climático. Os preços do grão acumularam uma valorização de 17,5% em setembro, diante da expectativa que a falta de chuvas pudesse atrasar o plantio da próxima safra no Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. O preço médio do milho da BM&F em setembro foi de R$ 26,55 por saca, o valor mais alto desde julho de 2008. "Apesar da chegada das chuvas, os fundos continuam acreditando na valorização dos grãos no mercado internacional, incluindo o Brasil, mas com forte enfoque para o milho", diz Eduardo Tang, analista da Gradual Investimentos. (Valor Econômico)