MILHO: Governo apoiará comercialização

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O governo federal vai apoiar a comercialização de milho nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e na região de Barreiras, na Bahia. Para isso, destinará R$ 350 milhões a serem utilizados em operações de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). O valor é suficiente para apoiar a comercialização de 4,2 milhões de toneladas, via PEP e Pepro. O governo também disponibilizará recursos para aquisição de 500 mil toneladas de milho via AGF – Aquisição do Governo Federal. Dessa forma, o apoio total anunciado a comercialização do milho pelo Ministério da Agricultura será de 4,7 milhões de toneladas.

Reunião - Os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de PEP (6 leilões) e PEPRO (6 leilões) serão semanais iniciarão em 15 de junho e irão até final de agosto. A decisão das políticas de apoio à comercialização foram acertadas durante reunião realizada na última segunda-feira (11/06) na Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo (SFA/SP), entre técnicos da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura e da Conab com representantes do setor (produtores e indústria). Do sistema cooperativista paranaense estiveram presentes representantes da Ocepar e da Coamo. O analista técnico e econômico Robson Mafioletti representou a Ocepar. O superintendente comercial, Alcir Goldoni, e o gerente de Commodities, Rogério T. de Mello, representaram a cooperativa Coamo.
 
Sustentação dos preços - O coordenador geral de Cereais e Culturas Anuais da Mapa/SPA, Silvio Farnese, explicou que a intenção do governo é sustentar os preços do produto em função do excesso de oferta. “A produção da safra é de 53 milhões de toneladas, para um consumo de 40 milhões. Com o aumento da oferta, há uma tendência de queda nos preços, que estão abaixo do mínimo estabelecido pelo governo federal nestes três estados e em Barreiras”, informou Farnese. Segundo ele, no Mato Grosso a saca do produto está sendo comercializada entre R$ 8,50 e R$ 9,00, ante um preço mínimo fixado em R$ 11,00. No Mato Grosso do Sul em Goiás e Barreiras o preço mínimo é de cerca de R$ 14,00 e o produtor está recebendo R$ 13,50. Farnese esclareceu que o governo sairá do mercado caso haja uma recuperação dos preços pagos ao produtor.

Compromisso - Também foi acertado com o Ministério da Agricultura o compromisso de monitoramento da evolução da colheita do milho safrinha no Paraná e se os preços cederem e se situarem abaixo do mínimo (R$ 14,00/saca) o Governo apoiara a comercialização também no Estado do Paraná. Atualmente segundo a Seab/Deral os preços pagos aos produtores estão na média do Estado em R$ 14,96/saca de 60 kg. As perdas com as geadas no Estado ocasionaram perdas de 15,7% (914,25 mil toneladas) na produção do Estado, que era estimada inicialmente em 5,82 milhões de toneladas segundo a Seab/Deral.

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