MILHO: Setor de sementes otimista com safrinha

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A indústria nacional de sementes está otimista com o plantio de milho safrinha, cuja semeadura começa no fim deste mês no país. De acordo com o setor de sementes, a falta de chuvas que provocou a quebra da safra de milho de verão - principalmente no Paraná - deve ter um "efeito colateral" benéfico sobre o plantio da safrinha.

Recuperação de perdas - O raciocínio é que os agricultores apostarão a partir de agora com mais força no milho safrinha no Paraná, na tentativa de recuperar as perdas com o milho de verão. O Estado é o maior produtor de milho safrinha do país. De acordo com a Conab, o Paraná plantou na última safrinha, na temporada 2007/08, 1,6 milhão de hectares de milho e colheu 5,659 milhões de toneladas.

Outros fatores - A reação das cotações dos grãos no mercado internacional combinada à redução dos custos de produção - impulsionada pela queda nos preços dos fertilizantes - também deverão contribuir para estimular o plantio de milho na safrinha, segundo as indústrias de semente. "Em tempos de crise, os produtores páram tudo e esperam para ver o que acontece", explica José Américo, superintendente da Associação Brasileira de Produtores de Sementes e Mudas (Abrasem). Por esse motivo, segundo ele, dezembro registrou uma desaceleração no comércio de sementes de milho para plantio após a colheita da safra de verão. "Mas as vendas já mostram sinais de recuperação em janeiro e acreditamos que chegaremos ao mesmo volume de comercialização de sementes de milho da safra passada", afirma Américo. Segundo a entidade, a indústria vendeu 5,6 milhões de sacas de 20 quilos de sementes de milho na safrinha 2007/08.

Reta final - Mais do que nunca, neste ano, o balanço do mercado será definido na reta final, afirma Cássio Camargo, secretário-executivo da Associação Paulista dos Produtores de Sementes e Mudas (APPS, que representa as indústrias de sementes de milho). "É da mão para a boca", afirma o executivo. Se houver problemas, diz Camargo, eles estarão restritos ao Mato Grosso. Nesse caso, devido à escassez de crédito ao produtor. "Estimamos redução de área plantada de 20% a 30% por falta de crédito", diz Elton Hamer, presidente da Aprosmat, a associação de sementes do Estado. Segundo ele, a produção de safrinha no Estado deve cair à metade. Em 2007/08, foi de 7 milhões de toneladas, segundo a Conab.(Valor Econômico)

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