MODERNIZAÇÃO: Frimesa amplia unidade frigorífica

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A Cooperativa Frimesa, de Medianeira, está investindo cerca de R$ 45 milhões para aumentar o abate e a industrialização de 1,5 mil para 4,5 mil suínos por dia. "Vamos produzir mais. Por isso, precisamos destinar recursos para adequação dos processos, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos", justifica o presidente da cooperativa Valter Vanzella. Para ele, reforçar a diversificação é essencial para os negócios. Nesse setor a Frimesa sempre está variando o mix de produtos industrializados com foco na valorização da matéria-prima dos produtores integrados. "O campo está cumprindo o seu papel, produzindo leite e suíno de qualidade. A Frimesa, acompanha esta engrenagem pautando seus trabalhos para atender os consumidores, razão maior tanto de quem produz como de quem industrializa". Perto de 75% do montante total dos investimentos serão utilizados na compra de máquinas e equipamentos, colocação de câmaras de resfriamento e congelamento e um novo sistema de expedição. A construção civil exigirá 25%. "Em um mundo movido pela alta tecnologia e modernidade, as indústrias devem evoluir para acompanhar essas transformações".

Lançamentos - No caso da produção do presunto cozido, a mudança será percebida a partir de janeiro, com a aquisição de uma termoformadora com dosador automatizado. Os investimentos permitirão o lançamento, ainda no primeiro trimestre de 2007, do presunto cozido com capa de gordura e os defumados (lombinho, costela e presunto), em porções menores, além de ampliar a linha de fatiados institucionais: presuntos, salames, apresuntados e bacon. Outros itens em pesquisa são os cortes fracionados de carne suína, como filé, picanha, bife de lombo, coxão mole, bisteca entre outros. A idéia é oferecer o produto “in natura” em bandeja com peso padrão de 1 kg.

Recursos - "A parte dos recursos financiados para a ampliação do frigorífico já foi aprovada pelo BRDE. Estamos seguindo o cronograma e, inclusive, a inauguração está marcada para 13 de dezembro de 2007, quando a Frimesa completará 30 anos", lembra o presidente Vanzella. Ele reforça a importância das comemorações como um presente para a comunidade, produtores e colaboradores, maiores beneficiados com o projeto. O ritmo das obras pode ser percebido dentro e fora da unidade industrial. Na área externa estão em fase de finalização o novo bloco para a lavanderia, vestiários e guarita. Ainda serão construídas as novas salas de desossa, câmaras de estocagem, expedição e locais para Serviço de Inspeção Federal (SIF), refeitório, almoxarifado de embalagens, controle de balanças e estacionamentos. Atualmente, o frigorífico tem 25 mil metros quadrados de área construída. Serão construídos 22 mil e mais 3 mil metros quadrados passarão por reformas.

Armazenagem - A atualização da planta industrial vai possibilitar uma melhora significativa no sistema de estocagem. Atualmente, a Frimesa tem gasto com armazenagem em locais terceirizados. O novo espaço vai permitir 3,6 mil toneladas de congelados, 2 mil toneladas de resfriados e mil de alimentos em temperatura ambiente. "O nosso espaço atual permite um abate de, no máximo, duas mil cabeças em oito horas de trabalho. A projeção é aumentarmos um turno, passando para 16 horas", enumerou Frosi. O mesmo acontecerá com o setor da desossa, que passará de 180 para 320 carcaças desossadas por hora, podendo trabalhar mais um turno. Reflexo para o emprego: está prevista a contratação de mil novos trabalhadores.

Mudanças - Além do abatedouro (abate e desossa), o projeto prevê modernização em todas as seções dos industrializados (produtos processados). Além da presuntaria, já está concluída a ampliação física nas seções de fatiados, sala de máquinas, almoxarifado de condimentos, sala de temperos e banha. E mais: todo o espaço ocupado atualmente pela expedição e desossa será utilizado para a extensão das linhas de lingüiças, salames e salsichas. O supervisor industrial, Francisco Primo David, está otimista com as mudanças. "A ampliação dos espaços permitirá melhor fluxo na execução das tarefas, redução do transporte interno e de produtos na fase de elaboração. Já sentimos a diferença com a vinda do almoxarifado de condimentos para o piso inferior ao da sala de temperos. Agora, tudo está próximo".

Lácteos - Em 2007, o segmento de lácteos – derivados do leite – também terá estratégia alinhada nos novos processos, principalmente a extensão na categoria de produtos refrigerados. Já para o início do ano, a unidade industrial de Curitiba vai produzir o queijo tipo "Petit Suisse" embalado em bandeja com oito unidades. "Estamos nos preparando para ampliar a linha de produtos infantis, como os iogurtes em porções menores e de consumo individual. Outro projeto em andamento é o leite fermentado", exemplifica o gerente industrial de leite, Miguel Fernandes. O passo seguinte acontecerá na indústria de Marechal Cândido Rondon. A instalação de mais uma máquina para envasar produtos em embalagens longa vida em 200ml, aumentará a capacidade da linha de 650 para 1,2 mil toneladas por mês em cremes de leite e achocolatado Friminho.

Novos sabores - Também faz parte dos projetos a diversificação na linha dos doces de leite e queijos processados, ofertando novos sabores e tamanhos reduzidos adaptados aos consumidores que moram sozinhos ou têm famílias menores. Em relação à demanda de matéria-prima, Fernandes confirma a decisão da Frimesa de seguir com a proposta implementada no projeto do leite condensado. "A captação de leite foi ajustada e destinada à fabricação de um alimento de melhor retorno. Vamos continuar nessa direção, melhorando a eficiência industrial com produtos agregados e que possibilite a abertura de novos mercados". A vantagem citada pelo gerente é confirmada nos números da produção. Até o ano de 2005, 80% do volume recebido era destinado à produção de leite longa vida e leite pasteurizado. Hoje esse percentual chega a 55%. Atualmente a Frimesa recebe cerca de 650 mil litros de leite por dia.

Consumidor - O projeto de expansão da Frimesa, implantado com o propósito de impulsionar a empresa com lançamentos que atinjam novos nichos de mercado e, ainda, dando atenção às linhas atuais, se fortalecerá através da comercialização e divulgação dos produtos. O gerente comercial Mauro Strey Kramer revela que o desafio é ampliar a atuação de vendas em todo o mercado brasileiro, com atenção especial para o estado de São Paulo, onde a Frimesa tem duas filiais de vendas. "Para isso acontecer vamos fortalecer os investimentos em marketing, reforçando a imagem da marca Frimesa junto aos consumidores".

Objetivo - A meta é aumentar em 15% o volume de vendas, chegando a 280 mil toneladas anual. As ações também visarão aos mercados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Nordeste e para consolidar a posição no estado do Paraná. Num projeto com o tema que engloba as comemorações dos 30 anos da Cooperativa, planeja-se investir cerca de 1% do faturamento. A proposta é criar uma campanha fortalecendo o conceito da marca com propagandas veiculadas na televisão, não só no Paraná e Santa Catarina, mas também no estado de São Paulo. A campanha se estenderá à mídia impressa e nos pontos de vendas, com a confecção de peças promocionais. (Revista Frimesa – Edição 21. Novembro/Dzembro de 2006).

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