MULHER RURAL: Participação feminina cresce nas cooperativas

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Em reportagem especial sobre o Dia Mundial da Mulher Rural, comemorado em 15 de outubro, a Folha de Londrina, em seu encarte Folha Rural, publicou, neste sábado (16/10), uma reportagem especial sobre o tema, destacando também a presença feminina no cooperativismo. Confira o trecho da matéria:

Cooperativas agropecuárias - Cerca de 10% do quadro social das cooperativas agropecuárias do Estado é composto por mulheres. Conforme Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), vem crescendo a participação feminina nas lideranças de grupos, nos conselhos de administração e até na presidência. Segundo ele, uma das cooperativas de crédito do Paraná tem como presidente uma mulher. Costa admite, contudo, que na maioria das vezes a mulher ainda fica na retaguarda do marido. ''Mas a gente sabe que a mulher tem uma participação efetiva dentro da propriedade e nas cooperativas, discutindo problemas da entidade e do setor'', observa Costa.

Participação importante - O superintendente da Ocepar conta que em algumas atividades, como a leiteira e a avicultura, a preponderância é feminina. ''Elas gerenciam o negócio e colocam a mão na massa'', destaca ele. A participação da mulher é tão importante, acrescenta, que 15% das ações do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) no Paraná em 2009 foram voltadas para esse público. Dos 3,5 mil eventos do órgão, mais de 400 foram dirigidos para treinamentos e capacitação de mulheres, com a participação de 9 mil cooperadas.

Trabalho de décadas - A Cooperativa Agroindustrial Lar, instalada na região oeste do Estado, trabalha para a promoção e valorização da mulher rural há quase 30 anos. ''Quando não era muito comum a participação da mulher nas reuniões de cooperativas, a gente deu início às nossas ações'', destaca Carmem Teresa Zagheti Reis, assessora de ação educativa da Lar.

Base - Por muito tempo, segundo ela, o trabalho era voltado para a base, com ações que aconteciam com as mulheres nas comunidades. No momento, a cooperativa foca mais as ações em nível de liderança. ''Trabalhamos na formação de líderes. Não falamos mais em arte culinária, artesanato, mas sim sobre o modo de administrar a propriedade pelo olhar feminino'', descreve. Hoje, conforme Carmem, o quadro social da Lar é formado por 8 mil associados, sendo 10% mulher.

Família - Carmem acrescenta que dentro do programa feminino a atuação da cooperativa não se concentra apenas no desenvolvimento da mulher. A ideia é envolver toda a família, incluindo os maridos e os jovens. ''Nosso foco é o desenvolvimento pessoal e técnico de toda a família'', frisa. Observa, contudo, que quando a mulher está melhor preparada, a família fica mais agregada e os resultados nas propriedades são maiores. (Folha Rural/Folha de Londrina)

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