OCB/MS II: Autogestão e Responsabilidade Social são discutidos em palestra
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Na sexta-feira (16/04), a OCB/MS recebeu o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Paraná - Ocepar, João Paulo Koslovski, profundo conhecedor e articulador do cooperativismo brasileiro, para falar sobre a importância do Sistema de Autogestão. O primeiro enfoque dado por Koslovski foi o significado de autogestão, que é: gerido por si próprio, o que já é intrínseco do cooperativismo. A Ocepar já desenvolve seu programa de autogestão desde 1991 e o cooperativismo paranaense já colheu frutos dessa iniciativa, que surgiu após a Constituição de 1988 que extinguiu a tutela estatal, dando autonomia ao cooperativismo. Atualmente todas as cooperativas registradas na Ocepar participam do programa.
Gestão - "A autogestão não pode ser entendida como uma fiscalização e sim uma forma de gestão das organizações cooperativas para atingir melhores resultados", afirmou Koslovski. Segundo ele, a autogestão tem por objetivo a assunção da gestão cooperativa pelos cooperados, líderes e dirigentes; ser efetivamente um instrumento de melhoria empresarial e agregação dos cooperados e tornar ainda mais transparente a administração da cooperativa aos cooperados.
Assessoria - A Ocepar realiza assessoria na constituição de novas cooperativas, principalmente no que diz respeito ao projeto de viabilidade econômica/financeira; organiza os cooperados; faz o acompanhamento econômico/financeiro das cooperativas, realiza capacitação e treinamento e por fim cuida do desenvolvimento e integração.
Sistema - Todo este sistema faz com que o cooperativismo paranaense tenha aproximadamente 60 mil funcionários, 530 mil cooperados, seja 20% do PIB do Paraná, só as cooperativas agropecuárias representam 55% do PIB agropecuário estadual e exporta para mais de 100 países. Por fim, Koslovski afirmou que a implementação da autogestão tem que ser entendido como instrumento de gestão permanente das cooperativas.
Competitividade responsável - Outro tema pertinente tratado no dia foi a palestra "Competitividade responsável e sustentabilidade no cooperativismo", proferida por Benedito Nunes, consultor do Sistema Cooperativo Mineiro-OCEMG. Este tema é tão relevante que será o tema do XIII Congresso Brasileiro de Cooperativismo. "O cooperativismo não veio para mudar o mundo e sim veio fazer diferente no mundo em que vivemos", declarou Nunes. Ser cooperativamente sustentável é atender as necessidades do presente sem sacrificar as futuras gerações de atenderem suas necessidade e ser eficiente e competitivo em equilíbrio com o politicamente ético, economicamente correto, socialmente justo e ambientalmente responsável, definiu o palestrante.
Inerente - A competitividade responsável é inerente ao cooperativismo, temos que cooperar para sobreviver. O cooperativismo gera riqueza e distribui o que explica IDH- Índice de Desenvolvimento Humano mais elevado em comunidades onde há cooperativas. Por isso Nunes ressaltou que a Responsabilidade Social Empresarial é uma relação ética e transparente da organização com todas as suas partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável. E concluiu que a Responsabilidade Social tem que ser vista como uma forma de gestão, que traz reputação e até fortalecimento da marca. (OCB/MS)