OCESC: Jovens agricultores apresentam visão empreendedora no meio rural

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“Ser agricultor é ser um empreendedor”. Com esta visão, cerca de 800 jovens produtores participaram da nona edição do Encontro dos Jovens Agricultores Cooperativistas de Santa Catarina (Ejacc), evento promovido no mês de outubro em Concórdia pela Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e realizado pela Copérdia. O tema “Visão empreendedora” foi um dos assuntos debatido em oficina, com intuito de instigar os jovens a pensar a propriedade rural como “empresa” e administrá-la adaptando-se a novas tecnologias e processos de produção.  “Ser agricultor hoje é ter sob sua gestão um patrimônio ou capital investido em negócios. Nas atividades estamos empregando mão-de-obra, utilizando o fator terra que por sua vez exige a aplicação e tecnologias para que tenhamos maior produtividade por área e por unidade de mão-de-obra”, justificou o coordenador do Ejacc 2006, Alceu Carlos Krombauer.

Demanda - O coordenador aponta ainda que, com o crescimento da população mundial, há demanda pela produção de alimentos, que circulam em todo o comércio mundial. “Por outro lado, houve concentração da atividade agropecuária, tornando-a uma atividade profissional que exige altos níveis de conhecimento técnico e de gestão, além de habilidade”, acrescenta. O tema exposto propôs uma reflexão para a adaptação do modelo fundiário. “Assim como o empresário de outros ramos de negócios, o agropecuarista está sujeito às condições econômicas mundiais, o que lhe exige total competência para se manter na atividade”, destacou o coordenador.

Gestão - Os jovens agricultores concordam que o cenário é de maior exigência de profissionalismo dos empreendedores agropecuaristas, e apontam situações que podem auxiliar na gestão empreendedora da propriedade rural: profissionalização constante com atualização tecnológica; atitude empreendedora com planejamento estratégico e visão global do agronegócio. O grupo relacionou três das principais dificuldades do empreendedor rural em administrar seu empreendimento com visão de negócio, de empresário: deficiências da política governamental específica para o setor, resistência à mudança e difícil acesso à profissionalização. Algumas sugestões foram apresentadas para o setor cooperativista no sentido de oferecer suporte ao pequeno produtor para inseri-lo no mercado mundial. Os jovens propuseram investimento em qualificação do produtor rural, otimização a comercialização da produção e garantia a sucessão familiar com qualidade de vida. (MB Comunicação)

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