ODM: Paraná atinge 6 das 11 metas do Milênio

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O Brasil atingiu quatro de uma série de metas para o cumprimento dos 8 Objetivos de Desen­­vol­­vimento do Milênio até 2015, pactuados pela Organiza­­ção das Nações Unidas (ONU) com 189 países ainda em 2000: a redução da pobreza e da fome pela metade e o impedimento e reversão da propagação de doenças como a aids e a malária. Das 11 metas a que o Paraná se propõe a atingir, estas até 2010, 6 foram alcançadas: além das 4 do país, a eliminação da disparidade entre os gêneros no ensino e a redução pela metade da população sem acesso à água potável. A diminuição em três quartos da mortalidade materna, no entanto, continua sendo o principal desafio em todo o país, conforme apresentado quinta-feira, em Curitiba, no Seminário Estadual sobre o 4.º Relatório Nacional dos ODMs (sigla pela qual os objetivos são conhecidos).

Avaliação boa - De maneira geral, a avaliação do Brasil pela ONU é boa, o país tem avançado, mas de maneira desigual. Enquanto algumas cidades atingiram e ultrapassaram as metas, outros municípios estão bem abaixo. Ainda em março, quando o relatório foi concluído pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a coordenadora-residente interina da ONU no Brasil, Marie Pierre Poirier, havia dito que tal desigualdade faz com que características como o gênero, a raça, a etnia e o local de nascimento de uma criança brasileira ainda determinem, em grande parte, suas oportunidades futuras. "O esforço agora, por meio desses seminários regionalizados, é para trabalhar as metas de forma local para diminuir essa disparidade", disse a representante do Progra­ma das Nações Unidas para o Desenvol­­vimento (PNUD) da ONU enviada a Curitiba, Maria Celina Arraes.

Pobreza e fome - Na luta contra a pobreza, o Brasil cumpriu não só a meta da ONU, mas a sua própria, mais rigorosa, de 75% de redução. Hoje, menos de um quinto das pessoas vivem com menos de US$ 1,25 ao dia (R$ 2,30). Nesse ritmo, a pobreza extrema seria erradicada do país por volta de 2013 ou 2014. Tudo de­­pende de uma melhor distribuição de renda: hoje os 20% mais ricos têm renda 21 vezes maior que os 20% mais pobres do país. Algo parecido ocorre com a meta da fome. De 1996 para 2006, o número de crianças de zero a 4 anos com peso abaixo do esperado passou de 4,2% para 1,8%. Agora, o objetivo é atingir a meta que o próprio país se impôs: erradicar o problema nos próximos cinco anos. (Gazeta do Povo)

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