OGMs: Indefinição sobre transgênicos pode ter custado R$ 23 bi

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O atraso econômico e os prejuízos que a indefinição quanto ao uso de transgênicos trazem para o Brasil são temas da reportagem da edição de domingo (11-03), do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a matéria, a falta de posicionamento sobre o assunto já teria custado R$ 23,6 bilhões ao país. Para fazer o cálculo foram levados em conta vantagens que os produtores de soja, milho e algodão teriam deixado de aproveitar – embora essas vantagens sejam contestadas por críticos dos transgênicos. Segundo cálculos da Consultoria Céleres, se os sojicultores brasileiros tivessem podido introduzir gradualmente sementes transgênicas, adaptadas para cada região, teriam economizado em herbicidas, mão-de-obra e combustível para os tratores R$ 6,5 bilhões (com o dólar cotado a R$ 2,11) entre as safras de 1996 e 2006. O montante equivale a mais da metade do valor da soja em grãos produzida no Brasil em 2006 – R$ 11,8 bilhões. Ações na Justiça, dificuldades de obter os dois terços necessários nas votações e demoras na emissão de pareceres pelos representantes da área ambiental têm paralisado a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), à qual cabe autorizar pesquisa e comercialização de produtos transgênicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até o dia 21 deste mês para sancionar ou vetar medida provisória destinada a destravar a Comissão, reduzindo para metade mais um (14, do total de 27) os votos necessários para conceder licenças de comercialização.

 

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