OGMs: Milho geneticamente modificado já pode ser plantado
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Os produtores brasileiros já podem plantar variedades de milho geneticamente modificadas para resistirem ao ataque de insetos e herbicidas. Ontem (12/02), por sete votos a quatro, o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), composto por 11 ministérios, aprovou duas variedades de sementes produzidas pelas multinacionais Monsanto e Bayer CropScience. Uma é resistente a insetos e a outra a herbicidas. Essas variedades haviam sido aprovadas no ano passado pelos membros da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), mas apenas agora foram apreciadas pelo conselho de ministros devido a liminares movidas por grupos contrários à biotecnologia. Uma terceira semente transgênica, desenvolvida pela Syngenta, também foi aprovada pela CTNBio e aguarda uma data para o parecer do conselho.
Expectativas - As sementes geneticamente modificadas aprovadas são a MON810, da Monsanto, e Bayer LL, da Bayer. A expectativa do mercado é de que pequenos lotes dessas sementes já estejam disponíveis para a safra 2008/09, que começará a ser plantada no último trimestre. Para Odacir Klein, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), trata-se de uma notícia " ótima para o país " , sobretudo no momento em que o produto tem demanda crescente no mundo.
Aprovação - O conselho de ministros rejeitou os questionamentos feitos no ano passado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) sobre o impacto dos produtos. Ambos recomendavam ainda a realização de estudos no país. Votaram por esta tese os ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, além da Secretaria da Pesca. "Isso significa mais uma etapa vencida nessa questão importante de avanço da ciência", comemorou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O conselho de ministros é a autoridade máxima sobre biossegurança no país. Do ponto de vista administrativo, portanto, a questão está encerrada.
Adiamentos - O plantio comercial do milho transgênico foi altamente polêmico e sua avaliação foi adiada algumas vezes pela Justiça, que exigiu mais informações sobre o fluxo gênico e sobre as regras de monitoramento e transporte. Isso porque, ao contrário da soja, existe polinização no milho e, portanto, o risco de contaminação de plantas transgênicas no milho convencional e orgânico. O Brasil é o 13º país do mundo a aprovar o milho transgênico. (Com informações de UOL Economia)